Usina na Capital está no pacote de “pagamentos” por terra para ferrovia em MT
As demais obras, incluindo casa para general, serão em Cuiabá e Rondonópolis
A construção de usina fotovoltaica em Campo Grande entrou no “pacote de contrapartidas” da empresa Rumo Logística ao Exército para cedência de terra e passagem de ferrovia no Mato Grosso.
A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo neste domingo (dia 10). Conforme o jornal, a proposta é que a Rumo Logística construa blocos de apartamentos, casa avaliada em R$ 2,2 milhões para general (três suítes, sala de estar e de TV, piscina e área gourmet com churrasqueira), casa avaliada em R$ 850 mil para oficial superior e adequação de rede elétrica. Todas essas obras serão no Mato Grosso. E somente a usina fotovoltaica fica fora do Estado vizinho. O conjunto de placas solares deve gerar 500 kWp (quilowatt de potência de pico)
A Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo terá mais de 700 km e ligará a estação de Rondonópolis a Cuiabá e Lucas do Rio Verde, cidades de Mato Grosso. Assim, será possível conectar a região Norte de MT, de alta produção agrícola, ao porto de Santos (São Paulo). O traçado passa por área militar e vai separar duas terras indígenas dos boe bororo.
Ao jornal Folha de São Paulo, o Exército informou que realizou “tratativas para ajustar o traçado de forma que não comprometesse o uso militar do terreno, bem como as propostas de contrapartidas foram discutidas em várias reuniões com a referida empresa, culminando com o aceite de ambas as partes quando da assinatura do contrato”.
A Rumo informou que a “área requerida contempla única e exclusivamente o espaço necessário para a implantação da ferrovia, considerando seu projeto e a faixa de domínio estabelecida”.
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Clique aqui para entrar no canal do Campo Grande News.