Advogado de Luiz Afonso evita comentar evidências
O advogado Ruy Lacerda, que representa o empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, único suspeito do assassinato da esposa, a arquiteta Eliane Nogueira, afirmou hoje ao Campo Grande News que não vai comentar as informações que têm sido divulgadas pela Polícia Civil sobre as investigações.
Ele afirmou, apenas, que caso de fato seja solicitada e decretara pela Justiça a prisão preventiva de Luiz Afonso, entrará com pedido de revogação da prisão.
Pelo que tem sido divulgado desde o dia em que o corpo da arquiteta foi encontrado carbonizado, no próprio carro, a situação de Luiz Afonso cada vez se complica mais.
Uma das evidências mais contundentes contra ele são as imagens do circuito interno de uma conveniência na avenida Três Barras, próximo ao local do crime. Elas registraram Luiz Afonso primeiro chegando ao local com o carro de Eliane e, pouco mais de 20 minutos depois, voltando a pé.
Hoje, foi divulgado que havia pedaços de uma camisa no corpo da arquiteta e que o tecido é compatível com a roupa usada na noite anterior ao crime, quando Luiz Afonso e Eliane foram juntos a uma festa. Uma das hipóteses é de que a roupa tenha sido rasgada durante a discussão que teria havido entre os dois.
Luiz Afonso foi preso com outra roupa e, conforme a polícia, mentiu sobre o que vestia na noite anterior. Essa contradição levou ao pedido de prisão temporária, ainda no dia em que Eliane foi encontrada morta, 2 de julho.
Indagado sobre esses indícios, o advogado do empresário disse que não faria comentários. "Não vou comentar prova nenhuma".
O defensor disse que vai aguardar o andamento do processo para decidir que encaminhamentos serão dados.
Para o delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira, há evidências suficientes para que seja Luiz Afonso seja acusado de homicídio doloso qualificado. Hoje cedo, ele informou que ainda hoje deveria indiciar o empresário.