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Cidades

Agentes vão reforçar segurança de 18 cidades diante de crise em prisões

São 435 formados e também vão ajudar a desafogar trabalho de policiais em delegacias

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 01/02/2017 12:09
À direita, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), com o secretário de Segurança, José Carlos Barbosa. (Foto: João Garrigó/Assessoria Sejusp)
À direita, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), com o secretário de Segurança, José Carlos Barbosa. (Foto: João Garrigó/Assessoria Sejusp)
Hoje se formaram 435 agentes penitenciários. (Foto: Leonardo Rocha)
Hoje se formaram 435 agentes penitenciários. (Foto: Leonardo Rocha)

Aumentando em 31% o número do efetivo, os 435 novos agentes penitenciários formados nesta quarta-feira (1º) serão distribuídos em 18 cidades de Mato Grosso do Sul. O acréscimo vem em um momento de crise em presídios. Com a formatura, serão 1814 agentes cuidando de 15,5 mil presos no Estado.

Do total, 70% da nova equipe vai trabalhar na área de segurança de custódia dos detentos, 20% na parte administrativa e 10% na assistência e perícia da Agepen (Agência de Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul).

Hoje são 1,379 e os 435 representam aumento de 31,5% do efetivo de agentes penitenciários. O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa, disse esperar que os novos agentes estejam trabalhando “em breve”, após a distribuição deles nas 18 cidades.

“Vai ser um reforço importante e foi feito de acordo com as questões financeiras do governo. Não é o ideal, mas o real que pode fazer no momento”.

O chefe da Polícia Civil, Marcelo Vargas, afirma que a nova turma vai desafogar o trabalho de policiais na custódia de presos. Acontece que muitas celas estão sob a vigilância de policiais civis, quando deveria ser feita por agentes. “Vão ser trocados por quem realmente deve por quem realmente deve exercer a função, que são agentes. Principalmente no interior”.

Caarapó, Ivinhema e Miranda são exemplos de locais onde a custódia de detentos está sob responsabilidade de policiais.

Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o aumento de 31% é significativo e é “uma resposta do governo” em relação a uma área que está sob tensão. “Além de aumentar o efetivo, estamos aumentando o número de vagas em presídios em 2,6 mil”. Ele se referiu aos três novos presídios que estão em fase de construção.

Governador Reinaldo Azambuja (PSDB). (Foto: João Garrigó/Sejusp)
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB). (Foto: João Garrigó/Sejusp)

Investimento – Reinaldo também falou de R$ 50 milhões que o governo estadual vai dispor do Funpen (Fundo Penitenciário) para construção de outros três presídios em MS, ainda com os futuros locais a serem estudados.

De acordo com o secretário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), José Carlos Barbosa, hoje existem 16 mil presos em MS, dos quais 15,5 mil estão nos presídios. Isto porque, os locais têm capacidade para 7 mil detentos, ou seja, há mais que o dobro nas cadeias e muito mais presos do que agentes. “Estamos trabalhando para aumentar o efetivo de agentes, mas o ideal seria ter 16 mil agentes para 16 mil presos”.

O titular também falou de recursos da União, que, em 2014, ficou somente em torno de R$ 45 milhões, em 2015, R$ 55 milhões, o que seria pouco, e só no fim do ano passado houve aumento para R$ 1,2 bilhão. “Porque houve pressão do Poder Judiciário. O governo federal é insensível com o custeio dos presos. Nossas fronteiras estão desguarnecidas”. Reinaldo também pontuou a falta de apoio financeiro da União em relação aos presos por tráfico de drogas. 

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