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Cidades

Apesar de suspeitas, ministério não atesta circulação do Zika em MS

Flávia Lima | 12/12/2015 11:38
Mutirões de limpeza são realizados diariamente em todos os municípios para combater o Aedes aegypti, responsável pela transmissão de três doenças. (Foto: Divulgação)
Mutirões de limpeza são realizados diariamente em todos os municípios para combater o Aedes aegypti, responsável pela transmissão de três doenças. (Foto: Divulgação)

Apesar dos 75 casos suspeitos de Zika vírus, ainda sob investigação na Capital, e das suspeitas em Dourados, Coxim, Corguinho, Aquidauana e Corumbá, a assessoria do Ministério da Saúde não atesta a circulação do vírus no Estado, conforme último boletim divulgado na terça-feira (8).

Em contato via telefone, a assessoria explicou que, para constar na lista dos estados onde o Zika já é uma realidade, é preciso que os casos investigados sejam confirmados, o que ainda não aconteceu em Mato Grosso do Sul.

Conforme a explicação do Ministério, após a notificação é necessário uma bateria de exames até que se ateste que o paciente realmente tenha contraído o vírus, o que pode levar até um mês, dependendo da região do país e do tipo de caso.

Somente aí a Secretaria de Estado de Saúde comunica o Ministério da Saúde. Apesar de mais fracos, os sintomas do Zyka são semelhantes ao da dengue e de outras doenças, por isso muitas situações são descartadas e o ranking de casos sofre alterações diárias.

Por isso, para evitar confusão quanto ao dados, o Ministério decidiu divulgar os boletins semanais apenas às terças-feiras.

A circulação do vírus já foi conformada em Roraima, Pará, Amazônia, Rondônia, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná.

De acordo com protocolo de vigilância divulgado nesta terça-feira, há uma estimativa de que o número de casos de infeções pelo vírus Zika no Brasil possa ser entre 497.593 a 1.482.70. Para chegar a este número, foram considerados os casos descartados de dengue, além de estudos da literatura internacional.

O documento ressalta que o Zika é de difícil detecção e, consequentemente, de notificação, já que cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas.

A doença é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, responsável também pela transmissão da febre chikungunya. Em Campo Grande, todas unidades de saúde estão realizando atendimento e notificações, porém as informações são repassadas para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, onde foi montada uma Unidade Sentinela de Coleta e Monitoramento do Zika Vírus.

Os sintomas da doença incluem febre, dor nas articulações e músculos, além de conjuntivite e manchas vermelhas na pele. Os sintomas normalmente surgem dez dias após a picada.

O Zika vírus não é contagioso. A única forma de contrair a doença é sendo picado pelo mosquito. No entanto, se um mosquito que não tem o Zika vírus picar uma pessoa que está com Zika, ele é contaminado e começa a passar a doença para outras pessoas através de sua picada.

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