Após 74 anos, jovem encontra pedra fundamental da Santa Casa em terreno
Um jovem encontrou a pedra fundamental e a cápsula do tempo do pavilhão B da Santa Casa. As estruturas que foram enterradas em 21 de setembro de 1941 e marcavam o lançamento do bloco foram encontradas pelo rapaz quando ele brincava em um terreno baldio do Bairro Santa Luzia.
Mauricio de Souza Dornellas fez a descoberta em novembro de 2012, ficou entusiasmado e acabou a abrindo a caixa de concreto. Após ele conseguiu encontrar a cápsula do tempo feita de cobre e contendo parte da história da instituição.
"Eu brincava de rolar a caixa de concreto e quando percebi a tampa estava quase se soltando. Então terminei de abrir e percebi que havia uma caixa de cobre. Eu nem tinha noção do que era, mas meu pai achou interessante e então trouxemos para casa e tomamos conta dela até hoje", contou o jovem.
Na cápsula do tempo havia uma ata com nome das pessoas presentes na inauguração, cópia do estatuto do hospital e lembranças da data do evento, como um exemplar do extinto jornal O Progressista, além de uma cédula de 10 mil réis e oito moedas. "É um marco importante, principalmente neste momento em que estamos finalizando um arquivo sobre a história da Santa Casa", avalia o 1º Secretário da Associação Beneficente de Campo Grande, Heitor Freire.
O jornal O Progressista, hoje fora de circulação, na época anunciava o lançamento da pedra fundamental da inauguração do pavilhão B, denominado na época Sanatório da Santa Casa. Destacava, principalmente, como o hospital era querido pela população.
“Será lançada hoje, em uma cerimônia solene, a pedra fundamental do novo Pavilhão particular do Hospital da Sociedade Beneficente de Campo Grande, a nossa Santa Casa, como é carinhosa e justamente apelidada pela população. Marco importantíssimo na vida de nossa tradicional casa de caridade, representando o início de uma nova era na história da assistência médica campo-grandense", diz trecho do texto publicado do jornal O Progressista de 21 de setembro de 1941.
Conforme o presidente da Associação Beneficente de Campo Grande, Wilson Levi Teslenco, o fato deve ser comemorado por todos já que se trata de um momento histórico não apenas para o hospital, mas também para Capital. "A história do hospital está entrelaçada com a da Santa Casa, já que a existência do hospital é fruto da mobilização da sociedade", finalizou.