Associação de empresas de energia não crê que intervenção cause insegurança
O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite, disse nesta segunda-feira (3) que a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de realizar intervenção em oito distribuidoras não causa insegurança jurídica no setor.
Entre as empresas que sofrerão intervenção, está a Enersul (Empresa Energética do Mato Grosso do Sul). Segundo o presidente da Abredee, as empresas que não tiverem dívidas não serão atingidas pela medida.
“No início, [as distribuidoras] ficaram assustadas, mas depois todo mundo viu que isso não gera nenhuma insegurança, não há nenhum risco para as empresas que estão saudáveis”, disse Leite. Ele disse que o setor acompanha com serenidade os desdobramentos da decisão, que vai garantir aos consumidores das distribuidoras com problemas financeiros a continuidade do fornecimento de energia.
As oito empresas atingidas pela decisão da Aneel são controladas pelo Grupo Rede Energia: Centrais Elétricas Matogrossenses (Cemat); Companhia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins); Empresa Energética do Mato Grosso do Sul (Enersul); Força e Luz do Oeste, no Paraná; Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE), Empresa Elétrica Bragantina (EEB), Caiuá e Vale Paranapanema, todas no Estado de São Paulo.
As concessionárias terão um prazo de dois meses para apresentar uma proposta de reequilíbrio financeiro e readequação técnica para tentar suspender a intervenção. Segundo a Aneel, os principais objetivos da medida foram a defesa do interesse público, a preservação do serviço adequado aos consumidores e a gestão dos negócios das concessionárias.