Auditoria sugere cortes significativos na Santa Casa
Auditoria feita pela empresa BO Auditores independentes recomenda cortes e ajustes nas finanças da Santa casa, maior hospital público de Mato Grosso do Sul.
O levantamento teve como base as demonstrações contábeis do hospital, referentes ao ano de 2009.
O trabalho é concluído com alerta de que o funcionamento das atividades na Santa Casa pode ficar comprometido devido a necessidade de empréstimos a curto prazo, dificuldade de geração de caixa e a redução do capital em circulação, "são indicadores que dificultarão a manutenção das atividades normais", do hospital, avaliam os auditores.
A recomendação é para a redução significativa de custos e de despesas operacionais e manutenção do monitoramento do projeto de reestruturação financeira, executado pela junta interventora que assumiu a entidade em 2005 e teve o trabalho prorrogado até 2012 pela Justiça.
"A continuidade das atividades dependerá sobremaneira de aportes financeiros", ressalta o documento.
Uma das ressalvas, já feita em 2008 pela mesma empresa, é que a administração não prevê caixa para possíveis despesas com processos judiciais.
Outra obervação feita é de que os auditores não receberam informações sobre processos judiciais que têm a Santa Casa como parte.
Os auditores lembram que em 2009 a Santa casa teve recursos de convênios com a União, Estado e Município bloqueados por decisão do Banco Central, para que o dinheiro fosse repassado diretamente a fornecedores e pagamento de outras dívidas do hospital.
"Esses recursos possuíam finalidades e aplicações específicas definidas nos convênios, e não foram adequadamente usados por força de decisão judicial", o que pode prejudicar a efetivação de novos acordos dessa natureza, conclui a auditoria.