"Ele não era o alvo", diz família de jovem morto por atirador
Amparada por amigos e familiares, a mãe da vítima disse aos prantos. “Não era para ser o meu filho”
A família de Higor dos Santos da Silva Victor, 20 anos, morto a tiro na madrugada deste domingo (8), suspeita que o rapaz não era o alvo do atirador. O crime aconteceu no cruzamento das ruas Luiz Gustavo Ramos de Arruda com a Lafaiete Câmara de Oliveira, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande.
"Meu irmão não tinha nenhuma desavença, não faço ideia de quem seja o atirador", disse o jovem de 24 anos, irmão de Higor, que pediu para não ser identificado. Ele explicou que o atirador estava em um carro preto, de 4 portas. "Ele já tinha disparado a algumas quadra dali, na sequência atirou no meu irmão", lamentou. Apesar de afirmar que a vitima foi morta por engano, o rapaz não soube informar quem era o verdadeiro alvo.
Amparada por amigos e familiares, a mãe da vítima disse aos prantos. “Não era para ser o meu filho”. Uma técnica de enfermagem foi acionada para acompanhar a mulher, que mal conseguia parar em pé.
Morador próximo ao local, de onde ocorreu o homicídio, o campeiro Lotário Soares Mota, 60 anos, contou que estava dormindo quando foi acordado pela esposa por causa dos estampidos. "Ele era do bairro, vivia por aqui", disse sobre a vítima.
A auxiliar de serviços gerais Josiane Alagoas Cândia, disse que nos fins de semana, os jovens se reúnem no local para consumir bebida alcoólica. "A polícia sempre faz rondas aqui. Eu evito a sair de casa por causa da bagunça", contou.
Violência - Conforme boletim de ocorrência, testemunhas contaram que um homem de meia idade, forte, branco e alto, seguia em veículo preto (provavelmente um Chevrolet Celta ou um Fiat Palio), quando parou o automóvel em frente ao Mercado Vitória, fez um disparo de arma de fogo e na sequência continuou o trajeto.
Porém, um pouco a frente, na Rua Lafaiete Câmara de Oliveira, o homem atirou em direção a um grupo de pessoas que estava na esquina e acabou atingindo Higor, na região do tórax. O projétil transfixou e foi parar em um dos braços da vítima.
Não há informação sobre a motivação para o crime. No local há câmeras de seguranças e as imagens podem auxiliar a polícia durante a investigação. Por enquanto, o suspeito ainda não foi identificado. O caso foi registrado na Depac/Cepol.