“Erro antigo” trava, de novo, obra do Hospital do Trauma, diz secretário
Projeto inicial do hospital era para ser uma maternidade
O secretário do Estado de Saúde, Nelson Tavares, disse que a obra do Hospital do Trauma vai continuar travada por causa de um erro antigo no projeto do empreendimento. Há dez anos, o projeto inicial foi alterado e ao invés de uma maternidade, decidiram fazer um hospital de traumas.
“Não foi feito um estudo de impacto na estrutura da arquitetura do prédio. Vai precisar adequar o projeto para dar andamento na obra”, afirmou Tavares. O secretário disse ainda que vai marcar uma reunião no Ministério da Saúde para acelerar a solução do impasse.
O projeto inicial do prédio era para ser uma maternidade, mas há dez anos – durante a gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) - quando decidiram transformar em Hospital do Trauma os problemas começaram. Até o fim do mandato do peemedebista, a obra foi paralisada três vezes, mesmo assim, o gestor acreditar entregar o hospital até dezembro de 2012.
Para concluir a obra, são necessários mais R$ 6 milhões, sendo que R$ 3 milhões já estão em caixa e outros R$ 8 milhões para compra de equipamentos, mas os recursos estão "travados" e só poderão ser usados após liberação do Ministério da Saúde.
De lá para cá, novas promessas foram feitas. A diretoria da Associação Beneficente de Campo Grande, que administra a Santa Casa, tinha esperança de concluir a obra em abril do ano passado. Mas quando chegou a data, a verba de R$ 3,2 milhões para terminar a unidade estavam em caixa, mas com prazo de validade vencido.
O recurso era um convênio entre o hospital e a Prefeitura de Campo Grande na época da gestão do prefeito cassado Alcides Bernal (PP). O convênio foi renovado o prazo para conclusão do hospital estendido por um ano. Se tudo der certo, a obra conclui em março deste ano.
Segundo o secretário, a obra está 95% concluída – em relação à construção – e o restante é possível concluir em até dois meses. “Os 5% que faltam vai levar de 30 a 60 dias para concluir”, garantiu Nelson Tavares. Ele disse que o recurso já está empenhado e deve ser liberado até fevereiro.