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Capital

"Foi o caso que mais me comoveu", diz policial que atendeu menina estuprada

Luana Rodrigues | 14/09/2015 12:01

Policial militar há 17 anos, o sargento Osvaldo Francisco de Almeida, 46 anos disse que nunca acompanhou um caso que lhe tivesse comovido tanto, quanto o estupro de uma menina de 3 anos na madrugada de sábado (12), no Bairro Izabel Garden, em Campo Grande.

Foi o sargento que atendeu a ocorrência no sábado pela manhã. "Vizinhos viram a menina e ligaram no 190. Quando chegamos lá, ela estava no colo da mãe", contou. Conforme o policial, a menina estava com cheiro de sangue, mas não falava nada, apenas aparentava estar assustada com tudo o que havia ocorrido.

"Levamos ela para fazer o exame de corpo de delito, mas minha experiência já apontava para o que tinha acontecido, mesmo assim eu torci para estar enganado", relatou.

Pai de um menino de 6 anos, Osvaldo disse que sentiu como se fosse o próprio filho a ser agredido. "A gente se coloca no lugar dos pais, porque também saímos para trabalhar pela manhã, sem saber que horas voltamos, e confiamos nossos filhos a alguém, é muito complicado", lembrou o sargento.

Investigação - Suspeitos de estuprar a menina de 4 anos foram ouvidos e liberados na tarde ontem(13). Eles negaram o crime e agora o caso segue sendo investigado, mas pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Conforme o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), o caso segue em segredo para não atrapalhar as investigações, mas já existem suspeitos.

Imagens de segurança da região mostram o momento em que a menina caminha sozinha na via. A criança está em choque e continua internada na Santa Casa por causa de ferimentos nas partes íntimas. Ela deve ficar no hospital pelo menos até amanhã. O estado de saúde da paciente não é considerado grave.

O caso - A garota havia sido deixada aos cuidados do irmão de 15 anos. A mãe deles saiu às 4h para trabalhar. O adolescente estava dormindo e não viu o momento em que a menina foi para a rua, sozinha, e foi violentada.

Conforme a Polícia Civil, a criança foi encontrada a cinco quadras de casa, em frente ao portão da avó. Ela fazia esse caminho todos os dias com o irmão e por isso o sabia de cor. Exame corpo de delito comprovou o estupro.

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