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Capital

"Fuga" de motoristas faz CCR criar campanha para incentivar pedágio

Ricardo Campos Jr. | 15/10/2015 17:14
Gestor da CCR diz que empresa mostrará economia em pagar pedágio (Foto: Gerson Walber)
Gestor da CCR diz que empresa mostrará economia em pagar pedágio (Foto: Gerson Walber)

A cobrança do pedágio na BR-163 fez vários motoristas procurarem rotas alternativas para fugir da cobrança, segundo constatou a CCR MS Via, que há um ano administra a rodovia no estado. A concessionária encara o fato como desafio e irá lançar uma campanha para mostrar às pessoas que, mesmo pagando, é mais barato optar pela estrada privatizada, como explicaram os dirigentes da companhia em coletiva nesta quinta-feira (15).

“Nosso objetivo é fazer com que o cliente entenda que utilizando a BR-163 ele tem serviços de qualidade, serviços médicos e mecânicos, asfalto, sinalização e drenagem”, explica o gestor de atendimento Fausto Camilotti. Segundo ele, todos esses elementos contribuem para evitar a depreciação dos veículos, além de proporcionar viagens mais rápidas.

Para fundamentar a campanha, pesquisa foi realizada para calcular qual a economia gerada em trafegar pela via privatizada em comparação com outras estradas. Os dados devem ser revelados somente na próxima semana, quando a ação, de fato, tiver começado.

“Queremos demonstrar o quão importante é estar conosco, porque vale a pena”, afirma Camilotti.

Cobrança de pedágio na BR-163 começou em dezembro (Foto: Fernando Antunes)
Cobrança de pedágio na BR-163 começou em dezembro (Foto: Fernando Antunes)

Números – Entre outubro de 2014 e 2015, houve queda de 29% na quantidade de acidentes com mortos em relação ao mesmo período em anos anteriores. Conforme levantamento da empresa, foram 46 ocorrências registradas durante a concessão contra 65 entre 2013 e 2014. Quanto ao número de mortos, a redução foi de 32%.

As equipes da CCR já fizeram 3.779 atendimentos médicos na rodovia, dos quais 29,2% (1.588) correspondem a acidentes sem vítimas; 16,4% (1.211) foram ocorrências com vítimas; 16,2% (816) tiveram apenas atendimento clínico e apenas 8,2% (90) resultaram em mortes.

Também foram registrados 58 atropelamentos com feridos e 16 com óbitos, o que correspondem a 7,3% e 4,2% do total, respectivamente.

Entre os atendimentos para socorro mecânico, a maioria (45,5%) tem relação com algum tipo de pane nos automóveis, enquanto 10,9% correspondem a trocas de pneus, 6,8% a pane seca (falta de combustível), 4% super aquecimento do motor, 3,2% pane elétrica e 1,8% a baterias descarregadas.

Melhorias – Camilotti ressaltou que já foram entregues quase 90 quilômetros de duplicação. A meta da empresa é que em cinco anos, toda a BR-163 tenha duas pistas. Segundo ele, estão em andamento obras desse tipo em trechos da pista nas cidades de Dourados, Rio Brilhante, Anhanduí, Jaraguari, São Gabriel do Oeste, Coxim, Pedro Gomes e Sonora.

Várias obras têm esbarrado em procedimentos burocráticos, como a obtenção de licenças ambientais. O gestor garante que tratativas com o poder público estão sendo feitas para que não haja adiamentos futuros na entrega das duplicações.

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