À caça de financiadores, PF vai a sobrado que tem carro com bandeira do Brasil
Policiais foram a imóvel na Avenida Ernesto Geisel, que aparenta ser empresa
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Liderada pela PF (Polícia Federal) do Mato Grosso, a operação “Parada Obrigatória” cumpriu mandado de busca e apreensão em sobrado na Avenida Ernesto Geisel, no Cabreúva, em Campo Grande.
Nesta quarta-feira (dia 6), a PF foi às ruas para coletar provas contra financiadores dos movimentos que bloquearam rodovias federais após a eleição presidencial, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Na Ernesto Geisel, o imóvel, que aparenta ser empresa – tem porta de vidro voltada para a rua, com estacionamento – estava vazio após a passagem dos policiais. No pátio, haviam dois carros estacionados: um Gol com bandeira do Brasil e um Polo. Na vizinhança, os demais imóveis estavam vazios.
Já na Superintendência da PF, na Vila Sobrinho, a reportagem acompanhou a chegada de duas viaturas. Os policiais levavam malotes, pastas e um tubo telescópico (embalagem que carrega, por exemplo, plantas de imóveis).
A operação tem ordem para apreender documentos e mídias (celulares e computadores). Em Campo Grande, são dois mandados de buscas. Ao todo, a operação cumpre 10 ordens judiciais, sendo as demais no Mato Grosso. Os alvos são de Pontes e Lacerda, cidade que se destaca pelo agronegócio. No Estado vizinho, uma pessoa foi presa por posse irregular de arma de fogo.
As investigações se iniciaram a partir do bloqueio da BR-174, no município de Pontes e Lacerda. Foram relatadas agressões a motoristas e desobediência a policiais que tentavam liberar o trânsito. Um motorista, que foi agredido ao tentar passar pelo bloqueio, precisou ser levado ao hospital dado à violência empregada pelos manifestantes. A partir de agora, as investigações continuam, no sentido de identificar outros responsáveis e outros crimes praticados”, afirma o delegado Irineu Dias Tavares, responsável pela operação.
A decisão é da 5ª Vara Federal Criminal de Mato Grosso. Os líderes, financiadores e demais participantes desse movimento podem responder por crimes previstos no Código Penal: constrangimento ilegal, lesão corporal, incitação ao crime, associação criminosa e abolição violenta do estado democrático. Em caso de condenação, as penas, somadas, passam de 13 anos de prisão.
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