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Política

Deputado diz que vai promover assessora suspeita de ataques em Brasília

Aline de Paiva Lopes é um dos alvos da PF na ação que apura financiadores das depredações em 8 de janeiro

Silvia Frias e Jackeline Oliveira | 05/09/2023 09:27
Aline Lopes trabalha na Assembleia Legislativa, no gabinete itinerante do deputado Rafael Tavares (Foto/Reprodução)
Aline Lopes trabalha na Assembleia Legislativa, no gabinete itinerante do deputado Rafael Tavares (Foto/Reprodução)

Aline de Paiva Lopes, assessora do deputado estadual Rafael Tavares (PRTB), alvo da Polícia Federal na 16ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os financiadores da invasão em Brasília, no dia 8 de janeiro está na sede da PF (Polícia Federal). O parlamentar confirmou que ela era um dos alvos e disse que vai promovê-la, “porque ela merece”.

Em todo o país, estão sendo cumpridos 53 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais.

Segundo o deputado, Aline trabalha com ele desde a época da campanha eleitoral, em 2022. Agora, já na Assembleia Legislativa, atua como assessora intermediária III, com salário base de R$ 1.334,25, ligada ao “gabinete itinerante”, tendo como função colher as demandas da população.

“Depois de hoje, dessa investigação, eu afirmo para você que vou promover ela, porque ela merece”, disse Tavares, em entrevista ao Campo Grande News.

Segundo Tavares, a assessora foi à PF para acompanhar o cumprimento do mandado de busca. A PF não informa se houve alguma prisão em flagrante, já que os dois mandados expedidos em Mato Grosso do Sul são de busca.

Na rede social, Aline Lopes é entusiasta do movimento EnDireitaMS, com postagens sobre atividade do grupo e frases atribuídas a Olavo de Carvalho, considerado o guru da direita. Também faz críticas ao sistema educacional do país, ao protesto de professores na Assembleia Legislativa.

A reportagem tentou contato com Aline Lopes e o marido, mas o telefone está desligado.

O outro alvo da operação em MS é o suplente de deputado estadual Rodrigo de Souza Lins, 40 anos.

Além dos 53 mandados de busca e apreensão expedidos, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

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#matéria atualizada às 10h10 para acréscimo de informações.

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