A dor sem tamanho da mulher e dos filhos do empresário assassinado
A família do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, assassinado brutalmente por bandidos na terça-feira (1º) e jogado dentro de uma fossa no Bairro São Jorge da Lagoa, enfrenta o sofrimento a base de remédios e com um sentimento de revolta. Os dois filhos, um casal de 8 e 10 anos, estão sob acompanhamento de uma psicóloga e passaram a sofrer de ansiedade.
O martírio, o sofrimento, a revolta e a angústia da família é relatada pela esposa da vítima, Dayane Peres Bernal. Os dois tinham uma história de amor de 16 anos, sendo quatro anos como namorados e 12 de casamento.
“É uma dor muito grande”, comentou a esposa. Agora, sozinha, ela vai ter criar os filhos, um menino de oito anos e uma menina de 10. “Ele era amável, bom, sem malícia”, comentou a viúva.
Dayane acompanhou toda a investigação da Defurv (Delegacia de Furto e Roubo de Veículos) nos seis dias em que o marido ficou desaparecido. A prisão dos quatro suspeitos pelo assassinato não pôs fim ao sofrimento.
Um dos envolvidos, o funileiro que supostamente cobrou R$ 2 mil para pintar o carro roubado de branco já foi liberado. A adolescente está na Unei (Unidade Educacional de Internação) e não deve ficar mais do que três anos cumprindo medida sócio-educativa.
“É uma dor muito grande, vão ter regalias”, avalia a esposa, com um sentimento de revolta e impotência diante da impunidade. O namorado da adolescente já foi liberado por não ter nada a ver com o crime, apesar de ter sido detido na casa onde o corpo foi encontrado.
Continuam presos Jefferson dos Santos Souza, 21, Thiago Henrique Ribeiro, 21, e Rafael Digo, 24. “Vão ter regalias”, acredita a viúva. “É um martírio”, afirma, sobre a rotina de acompanhar o caso pelos jornais e ver o sofrimento dos dois filhos.
As crianças estão em estado de choque. “Sofrem com ansiedade, falta de ar e são acompanhados por uma psicóloga”, relata Dayane.
Ela conta que se sente muito fraca após acompanhar ficar sem notícias do marido por seis dias e o final trágico. “Espero que fiquem presos por muito tempo”, afirma.