Acusado de matar empresário chora e pede perdão à família da vítima
Os três jovens e o funileiro suspeitos de participar da morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, na última semana, foram apresentados na Defurv (Delegacia Especializada na Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), na manhã desta quarta-feira (9). Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, é apontado pela Polícia como o responsável pelo tiro que matou o empresário. Ele demonstrou arrependimento, chorou e pediu perdão à família da vítima, embora tenha participação em outros crimes violentos ocorridos na Capital.
A participação de cada integrante do grupo no crime ainda depende de laudos periciais que devem ficar prontos esta semana. Em razão disso, a delegada Maria de Lourdes Cano afirma que na próxima semana será marcada uma nova coletiva para explicar a ação de cada suspeito.
Segundo a delegada, o primeiro envolvido no caso foi preso na tarde do último sábado (5), na casa dele, no bairro Parque do Sol. Thiago Henrique Ribeiro trabalha com serviços gerais e foi quem apontou para a Polícia Civil a localização do corpo de Erlon.
À reportagem, Thiago se limitou a dizer que não tinha nada a declarar. Mas chorou e pediu perdão à família de Erlon. “Estou arrependido de ter me metido nesse rolo. Peço perdão aos meus parentes, a família dele e aos meus amigos”, disse.
O segundo envolvido no crime preso pela polícia foi Rafael Diogo, 24 anos, que trabalhava na lavanderia de um hospital. O jovem foi detido na madrugada do domingo (6), ele estava na região do Dom Antônio.
Outras duas pessoas, entre elas uma adolescente de 17 anos, foram detidas na tarde do domingo, na casa onde o corpo do empresário estava, no bairro São Jorge da Lagoa. O namorado da adolescente prestou depoimento à polícia e foi liberado após pagamento de fiança.
Já a adolescente, conforme a delegada, foi quem recepcionou o empresário quando ele foi mostrar o veículo para os supostos compradores. Ela continua apreendida na Unei (Unidade Educacional de Internação) feminina de Campo Grande.
O quinto envolvido identificado durante a investigação do caso foi preso na noite do último domingo. Jefferson dos Santos Souza, de 21 anos, trabalha como pedreiro e também estava na região do bairro Dom Antônio. O último suspeito pelo crime é o funileiro onde o carro foi pintado, no bairro São Conrado. O homem, que não teve a identificação divulgada pela polícia, foi liberado, mas ainda segue em investigação.
Os suspeitos que ainda continuam presos não quiseram falar sobre o crime. Conforme a delegada, o mais frio e cruel deles é o Jefferson, que se limitou a dizer que tem um álibe que comprova a inocência dele.
À delegada, os homens disseram que fariam assaltos com o carro, mas as investigações apontam que o veículo seria levado para o Paraguai, por uma estrada vicinal de Maracajú, a 160 quilômetros da Capital. Maria de Lourdes falou ainda que a fossa séptica onde o corpo de Erlon foi colocado já estava preparada.
Caso - O empresário saiu de casa no início da tarde de terça-feira (1), para mostrar o veículo a um suposto comprador, que tomou conhecimento da venda através de um site de compras na internet.
O ponto de encontro entre a vítima e os acusados foi a rotatória da avenida Interlagos, na saída para São Paulo. De lá os homens levaram o empresário para o bairro São Jorge da Lagoa, onde ele foi morto no quintal, com um tiro na nuca e enterrado em uma fossa séptica, onde o corpo foi encontrado pela Polícia Civil no último domingo (6).