Abandonada há 10 anos, construção virou ponto de drogas e descarte de lixo
Moradores reclamam do lixo, mato alto e que usuários já invadiram condomínio para furtar apartamentos
Há 10 anos moradores de condomínio localizado na Rua Brilhante convivem com os problemas causados por uma construção abandonada. Lixo, mato alto, insetos e a presença constante de usuários de drogas tornaram difícil a rotina de quem reside ao lado do prédio que está há 10 anos abandonado.
Fabiano Belezia, de 46 anos, mora no condomínio San Thiago e diz que em 2014 a vizinhança acreditou que a construção serviria para melhorar o bairro, porém isso não aconteceu. “Quando a obra começou eu e os vizinhos ficamos felizes em saber que o terreno seria destinado para algo útil, porém a obra parou no meio do caminho e nunca mais voltou ninguém aqui para dar continuidade”, fala.
A galeria que fica na esquina, no encontro da Rua Brilhante com a Rua Ciríaco Maymone, é usada como estacionamento por alguns clientes de lojas próximas. A reportagem esteve no local e encontrou partes do terreno com lixo, mato e resquícios de um incêndio que ocorreu na segunda-feira (05).
O incêndio quase atingiu o condomínio e os moradores precisaram retirar às pressas os carros que estavam parados na garagem. A situação foi controlada com a chegada do Corpo de Bombeiros.
Sobre a construção, o analista de sistema comenta que não sabe quem é o dono, porém já tentou mais de uma vez descobrir. Nessa semana, Fabiano encaminhou mais uma denúncia à Prefeitura de Campo Grande.
“Entrei em contato pelo canal ‘Fale CG’ que me encaminhou para uma equipe da Semadur, mas eles disseram que por haver construção no terreno era responsabilidade da Sesau. Liguei para Sesau e após explicar novamente o ocorrido eles disseram que por haver usuários de drogas no terreno era responsabilidade da SAS”, explica. Ao ligar para a SAS, Fabiano foi informado que a responsabilidade era da Semadur. “Virando esse ciclo infinito”, afirma.
Marlene Ferreira de Souza, de 62 anos, é outra moradora que se sente afetada pela construção abandonada. Ela fala que o mato alto atrai muitos pernilongos e que crianças e idosos que vivem no condomínio correm perigo. A aposentada também reclama que encontra usuários de drogas saindo e entrando do local várias vezes ao dia.
Síndica do condomínio, Marina Evangelista denuncia que usuários de drogas já invadiram o prédio e tentaram furtar apartamentos. Ela diz que sairia caro para o condomínio tentar resolver o problema, pois envolveria a contratação de uma advogado para entrar com ação.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande sobre o caso. O espaço segue aberto.
Confira a galeria de imagens:
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