Academia clandestina é interditada pelo Procon no bairro Octávio Pécora

Academia clandestina, localizada no Bairro Octávio Pécora, em Campo Grande, foi interditada na manhã desta quarta-feira (13), após serem descobertas várias irregularidades. A ação foi realizada pelo CREF11/MS (Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região) e o Procon Estadual.

O local funcionava dentro de um centro comunitário, sem registro no Conselho, alvará sanitário e sem documentações da prefeitura para funcionamento. Além disso, ainda cobrava mensalidade dos alunos.

Também não tinha profissional habilitado para dar aulas de musculação, que precisa ter bacharelado. A pessoa responsável é formada em Educação Física, mas com licenciatura, tendo permissão para dar aulas somente nas escolas.

O espaço também apresentava condições insalubres para a prática de atividade física, com materiais e equipamentos precários.

"O Conselho está nas ruas fiscalizando, e com a ajuda do Procon conseguimos retirar do mercado um local clandestino que oferecia sérios riscos à saúde da população", pontua o vice-presidente do Conselho,  Joni Guimarães, que também é presidente da Câmara de Fiscalização do Conselho.

Conforme as denúncias, o dono da academia clandestina estava impedindo que os moradores do bairro utilizassem as demais dependências do centro comunitário, como quadra de areia e de futebol.

O estabelecimento estava sendo investigado desde o ano passado pelo Conselho e pelo órgão de proteção do consumidor.

A denúncias podem ser realizadas pelo e-mail: fiscalizacao@cref11.org.br ou pelo WhatsApp: (67) 9 9987-8366.

Outro lado - De acordo com o presidente do bairro, Mário Alex Alves, não há proibição de que as pessoas utilizem o espaço. Além disso, conforme regras definidas por estatuto, “não tem necessidade de ficar 24 horas aberto”, segundo ele.

Alves ressalta que os aparelhos desativados estão em manutenção. Por exemplo, alguns receberão troca de estofados.

Ele destaca que tomará medidas jurídicas cabíveis em relação à situação, o que inclui pedido de liminar para o funcionamento do local, e também que é bacharel em Educação Física, mas que órgão competente não aceitou novo certificado até o momento.

Por fim, Alves encaminhou imagens que mostram como estava a situação do local antes do início de sua gestão. Banheiros com diversos danos estruturais, falta de limpeza, falta de azulejos, vegetação alta nos arredores, são alguns dos problemas que evidenciam a situação de abandono do espaço, que agora, diz ele, conta com projetos sociais na área de esportes e arte.

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(*) Matéria editada às 12h35 desta terça-feira, 13 de setembro, para acréscimo de informações concedidas pelo presidente do Bairro Otávio Pécora.