ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Ação para imigrantes reúne famílias com esperança de oportunidade e vida melhor

Em solo brasileiro, imigrantes buscam acesso ao mercado de trabalho e moradia em Ação Interinstitucional

Por Idaicy Solano | 24/10/2023 11:10
A imigrante Antonieta Graffe Ramirez busca cadastro no plano habitacional do governo para garantir moradia às filhas (Foto: Idaicy Solano)
A imigrante Antonieta Graffe Ramirez busca cadastro no plano habitacional do governo para garantir moradia às filhas (Foto: Idaicy Solano)

Melhores condições de sustento da família, acesso à alimentação de qualidade e emprego são motivos que levaram mães a imigrarem da Venezuela, país de fronteira com Brasil. Agora, em Campo Grande, buscam conquistar moradia própria, regularizar o cadastro único e demais documentações em ação para os imigrantes, nesta terça-feira (24).

A professora Antonieta Graffe Ramirez, 38 anos, chegou em Campo Grande há dois anos e mora em uma casa alugada com o esposo e as filhas, de 13, 7 e 5 anos. Hoje, foi em busca de atendimento para fazer cadastro no plano habitacional da Agehab (Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul), para sair do aluguel e conquistar a casa própria.

Eu quero uma casa para as minhas filhas, dar uma segurança habitacional para elas. Nem tanto para mim, mas sim para elas", declara Antonieta Ramirez.

Antonieta decidiu deixar o país de origem com a família para proporcionar segurança alimentar e escolar para as filhas. "[Na Venezuela] é muito caro comprar frango, presunto, essas coisas. Aqui temos segurança alimentar. Com R$ 600 você compra de tudo".

Quando deixou a Venezuela, a professora precisou deixar para trás a profissão na qual é formada também. Agora, ela busca atendimento para resolver as burocracias para validar seu diploma em território nacional e voltar a atuar na área da educação.

Segurança alimentar, emprego e melhores condições para criar os filhos foi o que motivou a engenheira civil Beatriz Conde Osório, 54 anos, a deixar a Venezuela há quatro anos.

Eu tenho dois filhos, e eu não queria que eles sentissem os estragos econômicos que meu país estava passando. Eu queria para eles um futuro melhor. Na época, era muito difícil conseguir alimentos, então migramos para o Brasil", relata Beatriz Osório.

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Beatriz trabalhou na Prefeitura de Campo Grande por três anos, agora busca uma nova oportunidade de emprego. Formada em engenharia civil, ela também precisa validar o diploma venezuelano em território brasileiro.

Ajuda - A 2ª edição da Ação Interinstitucional para os imigrantes começou às 8h e vai até às 17h de hoje. O foco é atendimento aos imigrantes com orientação de advogados, cadastro para aprendizagem profissional e emissão de documentos. O evento acontece no Armazém Cultural Esplanada Ferroviária, na Avenida Calógeras, nº 3.143, no Centro de Campo Grande.

No local, a população imigrante terá orientações estudantis feita pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); presença da Associação Venezuelana-Haitiana; ações de empreendedorismo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e emissão de documentos como CPF (Cadastro de Pessoas Físicas).

 A presidente da Associação Venezuelana de Campo Grande, Mirtha Carpio, ressalta que a ação ajuda a garantir que o público imigrante tenha acesso a todos os benefícios e deveres que a população brasileira tem.

Emissão de documentos, benefício de saúde, acesso ao SUS (Sistema Único de Saúde), contas bancárias, todas essas coisas que vão garantir a cidadania dos imigrantes", ressalta Mirtha Carpio.

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A juíza do trabalho Dea Yule alerta que para ter acesso ao mercado de trabalho é essencial que o público regularize a documentação necessária. A regularização da imigração, assim como dos documentos necessários, garante os mesmos direitos de cidadão brasileiro aos imigrantes.

"Os mesmos direitos de um cidadão brasileiro tem também o imigrante, desde que esteja regularizado. O empregador precisa exigir essa carteira de trabalho para que possa anotar e pagar os direitos corretamente", ressalta Dea Yule.

Ação leva mais de 15 serviços à população imigrante nesta terça-feira (24) (Foto: Idaicy Solano)
Ação leva mais de 15 serviços à população imigrante nesta terça-feira (24) (Foto: Idaicy Solano)
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias