Achado carbonizado era jovem surdo que estava sumido desde domingo

Júnior Pereira de Moraes, 27 anos, é o jovem encontrado carbonizado na Rua Darvin Dolabani, no Bairro Itamaracá, em Campo Grande, na quinta-feira (20). O rapaz era surdo e foi identificado por um familiar nesta sexta-feira.

Ao Campo Grande News, o primo da vítima, 25 anos, revelou que Júnior estava desaparecido desde a madrugada do último domingo. Segundo ele, o jovem era surdo e usuário de droga.

“Ele era deficiente e usuário de droga, ele tinha costume de sumir. Esperava a família dormir para sair de casa”.

Na segunda-feira, a mãe da vítima registrou boletim de ocorrência de desaparecimento de pessoa e após cinco dias sem notícias do filho, soube que um corpo tinha sido encontrado perto da casa onde vivem.

Na noite em que o corpo de Júnior foi encontrado, o primo da vítima foi até o Imol (Instituo de Medicina e Odontologia Legal), levou os documentos pessoais do rapaz e no dia seguinte recebeu a notícia de que as digitais eram do jovem.

“Na sexta-feira, quando me ligaram falando que as digitais tinham batido eu fui lá e reconheci o corpo”.

Júnior morava próximo ao local onde foi encontrado, com a mãe, o padrasto e três irmãos. A família acredita que o crime ocorreu em razão de dívida de droga. “A gente não sabe ao certo, mas provavelmente é dívida de droga, mas não dá para entender porque ele tinha dinheiro da aposentadoria dele”.

O primo de Júnior acredita que o rapaz foi morto no mesmo dia de seu desaparecimento. “Pelo estado que o corpo foi encontrado acho que ele morreu no mesmo dia que sumiu, ele saiu de casa sem ninguém ver na madrugada de domingo”.

Resolvendo a parte burocrática do sepultamento do rapaz, o primo pede para que o suspeito pelo crime seja encontrado. “Só queríamos descobrir quem fez isso e porquê mataram ele”.

Localizado - Júnior foi encontrado por trabalhadores da limpeza urbana, na manhã de quinta-feira (20), enquanto roçavam o canteiro da Rua Darvin Dolabani, no Bairro Itamaracá. O corpo estava carbonizado e coberto por pneus e pedaços de madeira.

A Polícia Civil e a perícia estiveram no local no dia em que o corpo foi encontrado e o delegado João Cleber Dorneles explicou que, pelo cenário, a vítima foi queimada e posteriormente o corpo foi coberto.

"Alguém voltou e cobriu o corpo, porque a madeira e os pneus não queimaram". A polícia também vai investigar se a vítima foi morta no local ou desovada. O homem estava em posição fetal e só laudo da perícia irá apontar a causa do óbito.