Acusado de matar funcionário de lava a jato é preso após 6 anos
Flávio Guimarães Fernandes foi executado com 4 tiros em março de 2018 no Bairro Universitário
Equipe da Derf (Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos e Furtos) prendeu na sexta-feira (19), homem acusado de matar a tiros Flávio Guimarães Fernandes. O crime aconteceu no dia 29 de março de 2018, mas Maurício da Fonseca de Araújo, o “Nenê”, teve o mandado expedido somente em abril deste ano.
Conforme divulgado pela Polícia Civil, Maurício acumula extensa ficha criminal com passagens por roubos majorados, homicídios e outros crimes. Ele foi encontrado pela equipe da especializada no Bairro Vespasiano Martins e o mandado de prisão preventiva foi cumprido. Mas não há detalhes da captura.
Segundo apurou o Campo Grande News, Maurício foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por homicídio qualificado em março de 2024. No documento consta que na manhã do dia 29 de março de 2018 ele foi até a Rua Odorico Mendes, Bairro Universitário, com um homem identificado apenas como “Tico” e mataram Flávio a tiros.
A vítima foi atingida quatro vezes, sento três tiros nas costas e um no abdômen. Maurício já havia sido denunciado por matar outros dois familiares de Flavio. O primeiro deles em 2009, Ygor Damiano Petrovitch Guimarães Fernandes e o segundo, em 2017. A vítima foi Josenildo Guimarães Fernandes.
Para o MP, o crime contra Flávio foi praticado por motivo torpe já que, segundo as investigações, Maurício após matar os familiares da vítima ordenou que ela saísse do bairro. Ele então se mudou, mas mesmo assim foi alvo do assassino que executou o crime no meio da rua. Em seguida, fugiu junto com “Tico” em uma motocicleta preta.
Investigação - O caso foi registrado e investigado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil da Capital. Na época, testemunhas afirmaram que Flávio havia recebido um recado de “Nenê” dizendo “ou ele mata, ou ele morre, ou ele some da vila”. Depois disso, ele chegou a ameaçar o filho da vítima. As diligências continuaram e Maurício acabou sendo identificado como suspeito.
No dia 20 de novembro daquele ano, Maurício compareceu à delegacia para prestar depoimento e confessou ter sido o autor da morte de Josenildo e participação na execução de Ygor. AO delegado, ele negou o homicídio de Flávio e disse que no dia do crime estava trabalhando com seu avô na reforma de uma casa e soube do caso através de reportagem. Na época, ele cumpria pena no regime aberto.
As investigações continuaram e ele acabou sendo apontado como o autor da morte de Flávio. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri em abril deste ano e na sexta-feira Maurício foi preso. A informação foi divulgada apenas nesta segunda-feira (22).
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