Adolescente diz que foi ajudar, mas estuprou criança e põe culpa na droga
O adolescente de 17 anos, acusado de estuprar a criança de três anos no Bairro Izabel Garden no dia 12, alegou que queria ajudar a criança, porém foi "influenciado" pelos efeitos de bebidas alcoólicas e maconha cometeu o estupro. Ele foi apreendido ontem (20), por volta das 15h, em uma casa abandonada, no bairro onde o crime aconteceu.
Conforme o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Depca (Delegacia Especializa em Proteção à Criança e ao Adolescente), o jovem foi encontrado graças às imagens das câmeras, apoio da população e o serviço de investigação da polícia.
O acusado disse para a polícia que no dia do crime estava voltando de uma festa, no Bairro Nova Lima, quando encontrou a criança na rua de casa. A menina estava chorando e perguntando pela mãe, então ele resolveu ajuda-lá, porém uma “coisa em sua cabeça” fez ele mudar de ideia.
O adolescente levou a criança até um terreno baldio, onde havia um monte de areia, que impedia a visão do ato. A menina foi estuprada no chão do terreno e deixada no local pelo acusado, que foi embora para casa da avó, onde morava dormir. O ato aconteceu entre as 4h30 e 6h30, não sabendo relatar com precisão o horário.
A polícia encontrou o acusado neste domingo, deitado no chão de uma casa abandonada, há três casas da residência da vítima. Ele disse que havia voltado de uma festa e não conseguiu chegar em casa.
Foram encontrados objetos, como corrente, mochila e boné, idênticos aos mostrados nos vídeos. Ele também entregou uma camiseta para a polícia, usada no dia do crime. O menor tentou negar, mas acabou confessando o estupro. “A polícia não tem dúvidas, ele confessou, contou detalhes e mostrou assessórios iguais aos da imagem”, apontou o delegado.
Para a polícia, o adolescente afirmou estar bastante arrependido e disse não acreditar no que havia cometido. A família do rapaz também diz estar abalada com a situação.
Lauretto representou pela apreensão do adolescente ontem e ele foi encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação), onde irá responder por ato infracional análogo a estupro de vulnerável.
O advogado do adolescente, Haroldson Loureiro Zatorre, comentou que não “há muito que alegar” e que é um caso muito triste, sendo “quem perde mais foi à sociedade, pois é um crime causado pelo tráfico de drogas”.
A vítima está passando por acompanhamento psicólogo e de assistência social.