Adolescente que agrediu guarda em terminal é transferida para Unei
Irmão da jovem nega que ela estava usando droga e que a abordagem não foi por esse motivo
O adolescente de 17 anos envolvido na confusão com os guardas civis metropolitanos, na noite de terça-feira (5), no Terminal Júlio de Castilho, disse que o que aconteceu com ele e com a irmã gêmea foi uma situação de “racismo”. Ele ainda afirmou que a jovem foi transferida na manhã desta quarta-feira para a Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco.
“Ele cometeu racismo em mim quando me tratou que nem bandido, não precisava me tratar que nem cachorro”, alegou o jovem ao Campo Grande News na tarde desta quarta-feira. O menino contou que alertou a irmã dizendo “ó os guardinhas lá” e acredita que o agente se sentiu ofendido pela fala dele.
A mãe dos adolescentes disse que a irmã sempre o protegeu, “até brigar na escola por ele ela já brigou”, comentou a mulher de 34 anos.
Durante a entrevista na casa da avó na região do Bairro Silvia Regina, região oeste da Capital, a família dos estudantes disse que já foi atrás de um advogado e que vai entrar com uma ação por conta da maneira que foram abordados e pela menina ter sido agredida por um guarda homem.
O adolescente que está cursando o terceiro ano do Ensino Médio nega que a irmã estava fumando maconha. “Tem um vídeo que dá para ver que ela está com um cigarro normal na mão. E a minha irmã desmaiou porque usaram arma de choque nela”, finalizou o jovem.
Vídeo enviado ao Campo Grande News mostra o momento em que a jovem dá um soco no peito do servidor e passa a ofendê-lo.
As imagens foram feitas por um rapaz que assistiu à confusão e mostram a menina descontrolada e sendo contida por outros guardas civis. Na sequência, ela parece desmaiar e uma enfermeira que estava no local ajuda a socorrer a estudante. O Corpo de Bombeiros foi acionado e ela encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Santa Mônica.
Posicionamento – Em nota, a Guarda Civil Metropolitana informou que está em todos os lugares públicos para cumprimento da lei e da ordem pública. Infelizmente, neste terminal "havia adolescentes mal-educados e infratores fazendo uso de entorpecentes".
A justificativa segue explicando que “o guarda educadamente foi dialogar e foi recebido de forma grosseira e agressiva". "Infelizmente, não podemos admitir isso, principalmente um agente da segurança pública que sai para proteger as pessoas do bem e manter a ordem pública. Em flagrante, as medidas foram tomadas e ainda dado total apoio aos adolescentes e ambos encaminhados à delegacia respeitando a integridade física deles”, disse o secretário especial de Segurança e Defesa Social, Anderson Gonzaga da Silva Assis.
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