Adolescente que tomou 3 tiros está envolvido em execução da semana passada
Mãe da vítima presenciou o homicídio na semana passada e implorou para adolescente não matar o filho
O adolescente de 16 anos que levou 3 tiros em atentado no início da tarde desta segunda-feira (25), na Vila Fernanda, é um dos envolvidos na execução de Carlos André Isidio Acosta, de 21 anos, que levou tiro no peito, à queima-roupa, na noite de terça-feira, dia 19, no Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande. A mãe de Carlos presenciou o crime e implorou para o adolescente não matar o filho.
O Campo Grande News apurou que o adolescente chegou a ser apreendido, mas foi ouvido e liberado, porque já havia passado o tempo do flagrante. Ele responde ao inquérito em liberdade. O outro participante do crime, que pilotava a moto para o garoto, foi preso no dia seguinte ao crime.
![Bombeiros recolhendo pertences de adolescente que levou tiros em rua da Vila Fernanda nesta tarde. (Foto: Henrique Kawaminami)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2022/04/25/3k76k0e6r4w08.jpeg)
Carlos foi morto na frente de casa, na Rua Gildete Chaves Feijo. Ele foi abordado por uma dupla que chegou ao local em uma motocicleta XT660 de cor escura. O adolescente desceu da garupa da moto, seguiu em direção à vítima, sacou a arma de fogo e disparou contra o tórax da vítima, que foi socorrida pelos familiares, mas não resistiu e morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Coophavilla.
A motivação ainda é apurada pela polícia. O GOI (Grupo de Operações e Investigações) levantou que Carlos André e o atirador seriam comparsas em crimes. Após desavenças, o adolescente teria feito ameaças de morte, inclusive, passando em frente à residência da vítima para intimidá-la.
![De frente, delegado João Reis Belo, responsável por investigar o atentado e o homicídio ocorrido na semana passada. (Foto: Henrique Kawaminami)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2022/04/25/3q8gsuaj23ggg.jpeg)
Primos baleados – O atentado será investigado pelo delegado João Reis Belo, da 6ª DP (Delegacia de Polícia). Conforme os primeiros levantamentos feitos no local, não há testemunhas do ataque. O que a polícia sabe, por enquanto, é que o adolescente estava na companhia do primo de 17 anos em uma motocicleta preta, sem placas, provavelmente produto de furto.
De acordo com o delegado, além de investigar se a tentativa de homicídio de hoje tem relação com a execução da semana passada, há a possibilidade do crime estar relacionado a ameaças espalhadas pelo adolescente pelo bairro. “A gente não tem nenhuma testemunha ocular. A gente vai assim, descobrir com quem ele estava tendo desavenças. Pode ser vingança pela morte da semana passada ou pode ser alguém que ele estava ameaçando.”