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Capital

Adolescente que tomou 3 tiros está envolvido em execução da semana passada

Mãe da vítima presenciou o homicídio na semana passada e implorou para adolescente não matar o filho

Anahi Zurutuza e Mirian Machado | 25/04/2022 15:38
Moto usada por primos baleados nesta tarde. (Foto: Henrique Kawaminami)
Moto usada por primos baleados nesta tarde. (Foto: Henrique Kawaminami)

O adolescente de 16 anos que levou 3 tiros em atentado no início da tarde desta segunda-feira (25), na Vila Fernanda, é um dos envolvidos na execução de Carlos André Isidio Acosta, de 21 anos, que levou tiro no peito, à queima-roupa, na noite de terça-feira, dia 19, no Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande. A mãe de Carlos presenciou o crime e implorou para o adolescente não matar o filho.

O Campo Grande News apurou que o adolescente chegou a ser apreendido, mas foi ouvido e liberado, porque já havia passado o tempo do flagrante. Ele responde ao inquérito em liberdade. O outro participante do crime, que pilotava a moto para o garoto, foi preso no dia seguinte ao crime.

Bombeiros recolhendo pertences de adolescente que levou tiros em rua da Vila Fernanda nesta tarde. (Foto: Henrique Kawaminami)
Bombeiros recolhendo pertences de adolescente que levou tiros em rua da Vila Fernanda nesta tarde. (Foto: Henrique Kawaminami)

Carlos foi morto na frente de casa, na Rua Gildete Chaves Feijo. Ele foi abordado por uma dupla que chegou ao local em uma motocicleta XT660 de cor escura. O adolescente desceu da garupa da moto, seguiu em direção à vítima, sacou a arma de fogo e disparou contra o tórax da vítima, que foi socorrida pelos familiares, mas não resistiu e morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Coophavilla.

A motivação ainda é apurada pela polícia. O GOI (Grupo de Operações e Investigações) levantou que Carlos André e o atirador seriam comparsas em crimes. Após desavenças, o adolescente teria feito ameaças de morte, inclusive, passando em frente à residência da vítima para intimidá-la.

De frente, delegado João Reis Belo, responsável por investigar o atentado e o homicídio ocorrido na semana passada. (Foto: Henrique Kawaminami)
De frente, delegado João Reis Belo, responsável por investigar o atentado e o homicídio ocorrido na semana passada. (Foto: Henrique Kawaminami)

Primos baleados – O atentado será investigado pelo delegado João Reis Belo, da 6ª DP (Delegacia de Polícia). Conforme os primeiros levantamentos feitos no local, não há testemunhas do ataque. O que a polícia sabe, por enquanto, é que o adolescente estava na companhia do primo de 17 anos em uma motocicleta preta, sem placas, provavelmente produto de furto.

De acordo com o delegado, além de investigar se a tentativa de homicídio de hoje tem relação com a execução da semana passada, há a possibilidade do crime estar relacionado a ameaças espalhadas pelo adolescente pelo bairro. “A gente não tem nenhuma testemunha ocular. A gente vai assim, descobrir com quem ele estava tendo desavenças. Pode ser vingança pela morte da semana passada ou pode ser alguém que ele estava ameaçando.”

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