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Capital

Adolescente vítima de ‘brincadeira’ teve hemorragia e parada cardíaca

Médicos tentaram reanimar adolescente por 45 minutos e morte foi constatada às 13h35

Anahi Zurutuza | 14/02/2017 14:59
Wesner, de 17 anos, que foi vítima de agressão em lava jato (Foto: Arquivo pessoal)
Wesner, de 17 anos, que foi vítima de agressão em lava jato (Foto: Arquivo pessoal)

Wesner Moreira da Silva, que foi agredido com uma mangueira de alta pressão em uma lava jato de Campo Grande, teve uma hemorragia grave e uma parada cardiorespiratória. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, onde o adolescente de 17 anos estava internado há 11 dias, ele morreu às 13h35 desta terça-feira (14) depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.

Em termos técnicos, Wesner morreu após sofrer um choque hipovolêmico (grande sangramento na região toráxica) seguida de parada cardiorespiratória.

Ainda conforme a assessoria do hospital, até ontem, Wesner estava em uma das enfermarias e o quadro de saúde era considerado estável, embora médicos não tenham dado previsão de alta.

Hoje pela manhã, entretanto, ele vomitou e com suspeita de hemorragia interna foi encaminhado para a ala vermelha do hospital onde passou por uma endoscopia. Pouco tempo depois de fazer o exame, ele sofreu a parada cardíaca.

Há a suspeita de que a hemorragia seja em decorrência de uma lesão grave no esôfago, detectada pelo exame. Contudo, a causa certa da morte, segundo a assessoria de imprensa do hospital, só será determinada pelo médico legista.

O corpo está sendo preparado para ser encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).

Nestes 11 dias internado, o adolescente já havia passado por dois procedimentos cirúrgicos após perder metade do intestino grosso em decorrência da agressão.

Crime - Os dois suspeitos de terem cometido o crime contra o adolescente são Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, dono do lava jato, e Willian Henrique Larrea, 30 anos. Eles já foram ouvidos na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde o caso ainda é investigado como lesão corporal grave.

Quem fez a denúncia contra a dupla foi o primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia do crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.

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