Advogado diz que eventos de “titanzeiros” eram por lazer e paixão por duas rodas
Eduardo Felipe foi preso por promover encontros ilegais de motociclistas para manobras perigosas na Capital
O advogado do jovem Eduardo Felipe Alves da Cruz e Silva, 23 anos, preso por promover encontros ilegais de motociclistas para manobras perigosas em Campo Grande, defendeu que eventos eram promovidos como forma de “lazer e paixão de amantes das duas rodas”.
João Vitor Leite enviou nota para o Campo Grande News dizendo que os encontros de motos organizados por Eduardo, conhecido também como "Edu do Grau", têm como propósito proporcionar momentos de convívio social e entretenimento saudável para os jovens da Capital.
“São eventos que buscam promover a paixão por motocicletas de forma responsável e segura. Os encontros de motos não são apenas eventos de lazer, mas também oportunidades para a promoção do espírito comunitário e da integração entre os amantes das duas rodas”, disse em um trecho da nota.
A defesa ressaltou ainda que Eduardo não é responsável pelos atos de infração que são cometidos pelas pessoas que frequentam os eventos. “Qualquer desvio de conduta por parte de alguns participantes não deve ser atribuído à organização dos encontros, que sempre primou pela segurança e pelo respeito às leis e às normas de convivência”, afirmou.
Além disso, o advogado revelou que durante a Páscoa, foi realizada uma ação de distribuição de 2 mil ovos de chocolate para crianças carentes da sociedade. “Tudo isso foi possível graças às arrecadações que os encontros de motos promovem, demonstrando o caráter beneficente e social desses eventos. Eduardo é um cidadão comprometido com o bem-estar coletivo e jamais se envolveria em atividades que prejudiquem a ordem pública ou a segurança de nossos cidadãos”, finalizou.
Eduardo Felipe foi preso nesta sexta-feira (3), por policiais do BPMTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) nesta sexta-feira (3), dia em que ele organizava um grande evento que ocorreria durante a noite. O perfil que ele administra tem mais de 20 mil seguidores. Ontem mesmo a defesa do jovem conseguiu que ele fosse solto.
Investigação - Segundo a polícia, é crime promover e estimular atitudes criminosas, como um encontro para fazer manobras perigosas no trânsito, empinando as motocicletas, percorrem pela contramão e causam perturbação de sossego.
“Identificamos que essas páginas promovem o crime de incitar as pessoas a cometerem infrações graves de trânsito e, também, outras situações. Certa vez eles até vandalizaram a casa de uma pessoa que supostamente destratou o entregador de comida de aplicativo. Eles precisam entender que essas situações são criminosas”, explica o major Everton, do BPMTran.
Edu do Grau não esconde a vida de “titanzeiro” e se orgulha, inclusive, do alcance que tem, e passou a ser contratado por comércios de bairro. Sua última propaganda nas redes sociais, ironicamente, é de uma autoescola, onde se matriculou para, finalmente, ter CNH (Carteira Nacional de Habilitação). “Cansei de andar errado na minha vida”, disse.
“Nós localizamos ele graças às publicações que postava e, após o chamamento de hoje, começamos as buscas no bairro dele e encontramos graças à placa da moto. Tem outras páginas e continuaremos monitorando essas atividades”, termina o major. Incitar alguém a cometer infrações pode gerar três meses de prisão e multa.
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