Agepen afirma que mortes de detentos por overdose estão sendo apuradas
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Prisional) afirmou que está apurando as mortes de dois detentos, ocorridas este mês, na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Um homem de 23 anos, que não teve o nome divulgado, e Luis Antônio da Silva Araujo, 35, morreram no presídio.
Conforme a assessoria de imprensa da Agepen, as causas da morte não foram confirmadas, sendo que as suspeitas de overdose estão sendo apuradas pela Polícia Civil. As mortes ocorreram em um intervalo de seis dias. Antônio foi encontrado morte no dia 6 deste mês e a segunda vítima no dia 12.
Sobre a entrada de drogas no presídio, a assessoria afirmou que revistas diárias são feitas nas celas e nenhum visitante entra na penitenciária sem passar pela busca. Porém as apreensões de entorpecentes são constantes, muitos encontrados próximo a muralha, ao serem arremessados de fora para dentro.
Overdose - A família de Antônio reclamou do descaso e da demora dos trâmites para liberação de corpo do detento Luis Antônio. Ele foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Tiradentes, às 9h30, e morreu no local.
A irmã, Ângela Silva de Souza, 39 anos, diz que a família foi avisada pela assistente social da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande sobre o falecimento do rapaz alegando que a morte foi causada por overdose, mas sem dar maiores informações e nenhuma assistência à família.
No dia 12, na hora da conferência dos presos, os agentes penitenciários encontraram o detendo deitado num colchão. Junto ao corpo dele havia um pó branco, que passará por perícia, para confirmação de que se trata ou não de cocaína. O detento cumpria pena por tráfico de drogas e tentativa de homicídio.