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Capital

Agetran abandona fiscalização e acirra guerra entre taxistas no Aeroporto

Jéssica Benitez | 29/07/2013 08:21
Lobo diz que nova gestão abandonou a classe (Foto: Pedro Peralta)
Lobo diz que nova gestão abandonou a classe (Foto: Pedro Peralta)

A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) abandonou o ponto de táxi no Aeroporto Internacional de Campo Grande desde janeiro deste ano. Os 38 taxistas do local apontam que falta organização e fiscalização no local. O problema acontece desde janeiro e até já houve briga entre taxistas, com agressões e registro de boletim na Polícia. A falta de fiscalização acirrou "a briga" por clientes entre os cativos e os "forasteiros" no local.

“Com a mudança de prefeito tudo ficou sem organização. E se saí alguma coisa na mídia, aí, é que eles não fazem nada mesmo”, desabafou o taxista Edson da Cruz, popularmente conhecido como Lobo, que está há um ano atendendo no aeroporto. Ao Campo Grande News, ele contou que nos horários de pico: das 8h30 às 10h30, das 13h às 15h e das 21h30 às 23h30, mais de vinte taxis vêm de outros pontos “roubar” clientes.

“A gente fica aqui o dia todo e quando desce três ou quatro voos de uma vez só sempre aparece taxi de outro ponto querendo transportar os clientes porque não tem um guarda da Agetran aqui para fiscalizar. No ano passado isso ocorria sim, mas era com menos frequência porque sempre tinha um agente aqui. Estamos órfãos”, desabafou.

Adriano Tenório está há oito meses no local e também reclama da falta de fiscalização. “Às vezes fico aqui quatro horas seguidas sem clientes, só esperando fluxo, quando vem o movimento só dá tempo de pegar um passageiro porque quando a gente volta os que não são deste ponto já pegaram todos os passageiros”, contou.

No  dia 9, dois taxistas se agrediram fisicamente em frente ao aeroporto justamente porque um deles não era do ponto. O “invasor” alegou que levou uma passageira ao local e desceu do carro para ir ao banheiro, mas foi surpreendido pelos colegas de profissão que não gostaram nada de vê-lo por ali. O episódio acabou na delegacia. Segundo o decreto 5.232, nenhum taxista pode embarcar passageiro a menos de 100 metros de um ponto que não seja o dele.

Representante – O Sindicato dos Taxistas de Mato Grosso do Sul (Sinditaxi) está tentando tomar providências. Para sanar o problema o presidente, Bernardo Quartin, enviou requerimento à Kátia Maria Castilho, presidente da Agetran, em maio deste ano solicitando reforço na fiscalização dos 79 pontos de taxi distribuídos na Capital. A resposta, porém, não chegou até hoje.

Mesmo assim o Sinditaxi se mantém otimista. Bernardo disse que ainda esta semana terá uma agenda com o prefeito Alcides Bernal (PP) onde colocará vários questionamentos, inclusive este. Atualmente Campo Grande conta com 490 permissões de trabalho para taxistas, número considerado suficiente para o presidente. “Na verdade precisamos de uma reestruturação nos quadros, serviços administrativos e na fiscalização operacional e capacitação profissional no atendimento”, explicou.

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