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Capital

Agetran defende continuidade de obras do corredor de ônibus

O processo é movido por empresários e moradores que reprovam a instalação do corredor na Rua Bahia

Geniffer Valeriano e Thays Schneider | 11/05/2023 18:03
Trecho onde deve ser construída a estação na rua Bahia (Foto: Alex Machado)
Trecho onde deve ser construída a estação na rua Bahia (Foto: Alex Machado)

Durante audiência na tarde desta quinta-feira (11), por conta de uma ação popular contra a implantação do corredor de ônibus na Rua Bahia, em Campo Grande, representantes da prefeitura foram ouvidos e apresentaram argumentos para a liberação do avanço das obras. O processo é movido por empresários e moradores que desaprovam a instalação com receio de perderem as vagas de estacionamento do lado esquerdo da via.

Também foi alegado pela população que a instalação das plataformas traria riscos para os passageiros no embarque e desembarque. Aumentando a possibilidade de acidente de trânsito e que a estação do lado direito, em meio à via, só é utilizada em ruas de mão dupla, quando há canteiro central.

A diretora adjunta da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Andréa Luiza Torres, negou que o projeto traz riscos aos pedestres e está previsto no plano de mobilidade, aprovado em 2008.

“Quando os técnicos fizeram a proposta foi garantida agilidade, diminuindo o número de paradas. Os pontos colocados na esquina são uma forma de segurança justamente por conta dos semáforos. Se fosse colocado no lado direito ia atrapalhar os imóveis. Sem falar no prejuízo em relação às árvores, a Rua Bahia tem muitas árvores”, explicou Andréa.

A diretora adjunta ainda disse que a faixa é a prova da segurança dos pedestres. Sobre os acidentes registrados em corredores de ônibus da Capital, Andréa diz que os culpados são os próprios condutores por serem negligentes e faltar com atenção no trânsito.

Na audiência, também foi destacado que as obras de infraestrutura envolvendo a instalação de semáforos no corredor da Rua Bahia foram finalizadas e uma empresa já ganhou a licitação para construir os pontos.

Com expectativa de obter um resultado positivo, a procuradora do município, Viviane Moura, destacou que os corredores de ônibus ajudarão o trânsito de Campo Grande. “A Capital precisa, o trânsito está ruim a gente sabe, o número de carros aumentou demais e as pessoas precisam do transporte coletivo. Então os corredores de ônibus vão ajudar muito”.

Segundo a Agetran, em 2008, o número de passageiros do transporte coletivo da Capital era de 15 mil, enquanto em 2023 gira em torno de 13 mil. Ainda segundo a Agência de Trânsito, o número de veículos de passeio triplicou.

Viviane Moura ainda explicou que os próximos trâmites do processo serão a apresentação de um resumo de toda a ação, que deve acontecer daqui a 30 dias. Após isso, o juiz terá o prazo de 30 a 60 dias para fazer o julgamento e apresentar a sentença.

Travado – No dia 18 de novembro de 2022, a prefeitura abriu licitação para contratar empresa responsável pela construção de estações nas ruas Bahia, Guia Lopes, Brilhante e Avenida Bandeirantes. Em maio de 2021, a Justiça negou a paralisação das obras, após a administração municipal sinalizar prejuízo de R$ 120 milhões.

Na Rua Bahia, primeiro trecho do corredor norte (ligação da Avenida Afonso Pena com o Terminal General Osório), as quatro estações previstas serão nas esquinas com as ruas da Paz, Antônio Maria Coelho, das Garças e das Paineiras. Na Avenida Bandeirantes, o total é de sete estruturas.

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