Agressão com mangueira durou 10 minutos, afirmam familiares da vítima
Familiares do adolescente de 17 anos, que foi violentado com mangueira de alta pressão em um lava-jato de Campo Grande, informaram, nesta sexta-feira (10), que a agressão durou 10 minutos. O pai e a mãe da vítima prestaram depoimento nesta tarde ao delegado Paulo Sérgio Lauretto.
“Meu filho se debateu por dez minutos e os agressores só pararam quando ele começou a defecar e a vomitar”, contou a mãe, que foi ouvida novamente pelo delegado. O pai também confirmou a informação.
Sobre a questão, o delegado disse que aguarda para segunda-feira ( 13) o resultado do laudo de corpo de delito e só após as informações do laudo será possível dizer de que forma tudo ocorreu e por quanto tempo a mangueira foi mantida. Ele também espera, na próxima semana, de posse do laudo, ouvir os suspeitos e concluir o inquérito até o próximo fim de semana.
Incêndio – Esta foi a primeira vez que o pai do adolescente foi ouvido. Ele tem 60 amos e contou que trabalha viajando, por isso não pode comparecer antes. Na delegacia ele falou sobre a desconfiança de que o incêndio no lava-jato – ocorrido no dia 8 de janeiro – tenha sido forjado na tentativa de eliminar provas.
Sobre a desconfiança do pai, o delegado informou que o incêndio não destruiu as provas e também não vai atrapalhar as investigações. Paulo Sérgio Lauretto também informou à família que os suspeitos não foram presos por falta de provas suficientes.
A mãe do adolescente contou que o filho se recupera bem e disse que está muito feliz. “Estou aliviada porque estive com ele e vi que está bebendo água. Fiz massagem nos pés dele e aos poucos ele se recupera bem”, disse.
Agressão – O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos. No relato à delegacia, ele disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do local inseriu uma mangueira no ânus do garoto.
Os suspeitos são Thiago Giovanni Demarco Sena, 20, dono do lava jato e Willian Henrique Larrea, 30, amigo do garoto. A vítima foi levada pelos próprios agressores ao CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Tiradentes, e em seguida para a Santa Casa de Campo Grande.
Depois de dar entrada no hospital, as 22h15 de sexta-feira (3), o adolescente foi direto para a sala de cirurgia, perdeu metade do intestino.