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Capital

Criança de 11 anos viu agressão a adolescente com mangueira de ar

Menino prestou depoimento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente na tarde desta segunda-feira (06)

Luana Rodrigues e Adriano Fernandes | 06/02/2017 17:35
Delegado Paulo Sérgio Lauretto diz que já colhei depoimento de suspeitos e testemunhas. (Foto: Adriano Fernandes)
Delegado Paulo Sérgio Lauretto diz que já colhei depoimento de suspeitos e testemunhas. (Foto: Adriano Fernandes)
Adolescente está entubado, em estado grave, na Santa Casa. (Foto: Direto das Ruas)
Adolescente está entubado, em estado grave, na Santa Casa. (Foto: Direto das Ruas)

Um menino de 11 anos teria presenciado as agressões de Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30 anos, contra um adolescente de 17 anos, em um lava jato de Campo Grande, na sexta-feira (03).

A criança prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (06), na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), junto da mãe, que é sogra de um dos suspeitos.

Alessandra Moreira, 45 anos, disse que o filho contou que Willian e Thiago, que é seu genro,“colocaram a mangueira por cima da roupa do garoto, e aconteceu tudo. Eles tinham costume de fazer essa brincadeira”, contou a mulher, ao deixar a delegacia.

Conforme o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DPCA, que investiga o caso, os dois suspeitos foram ouvidos na 4ª Delegacia de Polícia, ainda na sexta-feira (03). Anteriormente, a informação da polícia era de que os dois rapazes ainda não haviam sido ouvidos.

Ainda conforme o delegado, os dois suspeitos contaram que quem começou a brincadeira foi a vítima, colocando a mangueira por baixo da porta do banheiro onde Willian estava. “Segundo o depoimento deles, depois que saiu do banheiro, o Willian pegou a mangueira, e com a ajuda do Thiago, a colocaram no garoto”, explicou o delegado.

Em entrevista ao Campo Grande News, a advogada de defesa da vítima, Katarina Viana, disse que irá pedir ao delegado a prisão preventiva dos suspeitos e que o crime seja tratado como tentativa de homicídio.

No entanto, Lauretto já adiantou que, por enquanto, não irá pedir a prisão dos suspeitos, já que eles “não oferecem risco a vítima”, entre outras questões. O delegado também reforçou que o crime contra o adolescente não teve conotação sexual, portanto é tratado como lesão corporal grave.

Histórico - O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos. No relato, ele disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou pelo lombo e o dono do local inseriu uma mangueira no ânus do garoto.

A vitima foi levada por um dos próprios agressores à Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Tiradentes, enquanto o outro acusado avisou a família.

Mesmo com o relato, há poucas informações do caso. Ouvida pelo Campo Grande News, a mãe do adolescente confirmou a história de que ele foi recomendado ao trabalho por vizinho, amigo da família.

Gravidade - Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, por volta das 22h o garoto teve uma piora no quadro e foi transferido para a área vermelha da unidade. Hoje de manhã, ele melhorou, mas continua no setor em observação. O estado de saúde dele é considerado grave, porém estável.

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