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Capital

Polícia já apreendeu 1 tonelada de droga em lava jato na Vila Morumbi

Investigadores não descartam que fato grave ocorrido pode ter ligação com o tráfico de drogas devido a casos anteriores ocorridos no estabelecimentos; Vizinhos confirmam suspeita em declarações

Rafael Ribeiro | 06/02/2017 12:22
PM apreendeu 1,2 tonelada de maconha após abordar traficante no lava jato (Foto: Divulgação/PM)
PM apreendeu 1,2 tonelada de maconha após abordar traficante no lava jato (Foto: Divulgação/PM)
Acusados de lesão grave serão ouvidos para apurar ligação com tráfico de drogas (Foto: André Bittar)
Acusados de lesão grave serão ouvidos para apurar ligação com tráfico de drogas (Foto: André Bittar)

A Polícia Civil de Campo Grande investiga se as agressões sofridas por um adolescente de 17 anos na manhã da última sexta-feira (3) podem ter relação com algum tipo de retaliação por parte do tráfico de drogas. Isso porque o lava jato onde ele trabalhava e o crime aconteceu, na Vila Morumbi, já foi palco de duas apreensões de entorpecentes nos últimos anos.

Segundo a polícia, dois homens, um deles o dono do comércio, teriam introduzido uma mangueira de alta pressão no ânus do jovem. A vítima está internada em estado grave na Santa Casa. Perdeu metade do intestino grosso após passar por cirurgia, sofreu paradas cardíacas e pode ficar com seqüelas da violência.

No registro da polícia, o primeiro crime de tráfico ocorrido no local aconteceu em fevereiro de 2012. A Polícia Militar foi averiguar uma denúncia anônima e localizou cerca de 15 porções de cocaína escondidas no local. Ninguém foi preso.


Em abril de 2015, contudo, o caso foi mais grave. Um homem de 31 anos foi preso em flagrante por manter 1,2 tonelada de maconha escondida em uma caminhonete Toyota Hilux branca, estacionada dentro do estabelecimento.


Na ocasião, policiais militares do Pelotão de Escolta Judiciária estranharam a movimentação na Avenida Interlagos e durante revista das pessoas que estavam no lava jato, flagrou o acusado detido tentando se livrar de uma pequena porção da droga já embalada para revenda.


Em ambos os casos, o entendimento dos investigadores é de que os traficantes presos e as drogas apreendidas eram na verdade levadas ao local por revendedores. O lava jato seria um ponto de encontro de viciados, portanto sem relação direta com os crimes.

No lava jato, nenhum movimento é notado por vizinhos desde o ocorrido. Alguns deles relatam que o local sempre foi bastante movimentado por frequentadores estranhos e confirmam que já viram homens e mulheres usando drogas no local.

Caminhonete de traficante estava dentro de lava jato durante batida da PM (Foto: Divulgação/PM)
Caminhonete de traficante estava dentro de lava jato durante batida da PM (Foto: Divulgação/PM)

Passado – Policiais do DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), responsáveis pelo caso, querem escutar novamente de maneira formal Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, o dono do estabelecimento, e Willian Henrique Larrea, 30 anos, acusados inicialmente de lesão corporal grave na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, de acordo com o registro inicial do caso.

O boletim de ocorrência foi feito pelo primo da vítima, de 28 anos. No relato, ele disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho” quando um dos homens o agarrou pelo lombo e o dono do local inseriu a mangueira.

A vitima foi levada por um dos próprios agressores à Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Tiradentes, enquanto o outro acusado avisou a família.

Mesmo com o relato, há poucas informações do caso. A polícia não confirmou se ouviu os acusados, que teoricamente não tem o paradeiro conhecido.

Ouvida pelo Campo Grande News, a mãe do adolescente confirmou a história de que ele foi recomendado ao trabalho por vizinho amigo da família.

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