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Capital

Ajuda alimenta sonho de escolinha por estrutura melhor para crianças

Chloé Pinheiro | 11/08/2016 13:09
O estoque está cheio, mas ainda não há lugar para guardar a comida. (Foto: Alcides Neto)
O estoque está cheio, mas ainda não há lugar para guardar a comida. (Foto: Alcides Neto)

Parafraseando Euclides da Cunha, a Filhos da Misericórdia é, antes de tudo, um forte. Tocada pela manicure Edileuza Luiz com a ajuda da família e da comunidade há mais de três anos, a escolinha comunitária que atende 54 crianças na periferia de Campo Grande passou por maus bocados recentemente, mas, aos poucos, vai se reerguendo.

Em 2015, foi consumida pelo fogo enquanto ainda funcionava na Cidade de Deus. Depois, quando os moradores da região foram transferidos para o Jardim Canguru, a escolinha foi reconstruída no esquema mutirão no novo bairro. Tudo funcionava bem até que, na semana passada, as doações que mantinham o local, já escassas, secaram de vez.

"Tivemos que fechar por duas semanas, até que saiu a matéria e no dia seguinte começamos a receber doações", conta Edileuza. Além do vídeo divulgado pelo Campo Grande News, funcionários da Rede Tendência e outros voluntários e membros da comunidade se articularam e os mantimentos voltaram às prateleiras da escola

Edileuza Luiz, a idealizadora e mantenedora da Filhos da Misericórdia. (Foto: Alcides Neto)
Edileuza Luiz, a idealizadora e mantenedora da Filhos da Misericórdia. (Foto: Alcides Neto)

"Recebemos de tudo, arroz, feijão, leite, verduras e até impressora e armários", comemora Edileuza, que além de alimentar os alunos diariamente, fornece cesta básica uma vez por mês para eles levarem para casa. "Para os filhos das famílias que ainda não tem idade para estudar aqui".

O problema agora é espaço para abrigar tudo, uma vez que a sala de aula até agora não tem paredes. Por isso, a Filhos da Misericórdia precisa de materiais de construção. "O meu maior sonho hoje é fechar as paredes e ter uma estrutura melhor, aonde eu possa abrigar as crianças no frio e guardar as coisas que ganhamos", explica a responsável.

Para essa nova e necessária empreitada, Edileuza conta com a ajuda popular. "A minha intenção é subir tijolos, mas, se eu não conseguir, a madeirite já é o suficiente". Quem não pode contribuir com o material, pode colaborar colocando a mão na massa na hora de, enfim, completar as paredes.

Os interessados podem ligar diretamente para a Edileuza, no telefone: 99322-0600.

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