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Capital

Alegando "excesso", defesa pede redução de pena para assassino de florista

Suetônio Pereira Ferreira foi condenado a 19 anos de prisão por feminicídio qualificado

Dayene Paz | 30/03/2022 08:44
Assassino de Regiane durante julgamento na manhã do dia 23 de março. (Foto: Henrique Kawaminami)
Assassino de Regiane durante julgamento na manhã do dia 23 de março. (Foto: Henrique Kawaminami)

Alegando excesso na sentença, a defesa de Suetônio Pereira Ferreira, de 59 anos, recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, para tentar a redução da pena. Suetônio foi condenado, no último dia 23 de março, a 19 anos de prisão pela morte da ex-namorada, a florista Regiane Fernandes de Farias, 39 anos, em Campo Grande.

O recurso de apelação foi feito no último dia 28 de março. Conforme a advogada Bianca do Carmo Rezende, a defesa entendeu que houve erro na aplicação técnica da pena ao começar com a base de 19 anos. "A pena base pela legislação é de 12 anos, depois vem os acréscimos das qualificadoras", afirmou.

Entenda - Suetônio foi condenado a pena total de 19 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Durante o julgamento, os advogados Bianca do Carmo Rezende e Marlon Ricardo Lima Chaves, tentaram convencer os jurados a afastar as qualificadoras do crime, porém, sem sucesso. Os defensores também tentaram convencer que o criminoso estivesse com a saúde mental perturbada, hipótese que também foi afastada  por meio de laudo médico-psiquiatra.

Na sentença, o juiz Aluizio Pereira dos Santos ponderou que “a vítima em nada contribuiu para a prática do crime” e que Suetônio “não é merecedor da atenuante da confissão, porque exerceu o direito ao silêncio no interrogatório na polícia e também em juízo”, resolvendo confessar o crime somente no dia do julgamento, na frente dos jurados.

O caso - Regiane foi baleada no tórax pelo ex-namorado, Suetônio Pereira Ferreira, quando chegava na floricultura onde trabalhava na Rua Vitório Zeola, no Bairro Carandá Bosque, na manhã de 18 de janeiro de 2020.

Na sequência dos disparos, o criminoso atirou contra a própria cabeça. Ele ficou internado e sobreviveu. Segundo investigações, o acusado atacou a vítima por não concordar com a separação.

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