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Capital

Aluna é atacada por professor de jiu-jitsu que destrói celular em academia

Vítima procurou a delegacia de Polícia Civil; professor não foi localizado pela Polícia Militar

Por Dayene Paz e Clara Farias | 18/01/2024 12:39
Celular da vítima completamente destruído por professor. (Foto: Clara Farias)
Celular da vítima completamente destruído por professor. (Foto: Clara Farias)

Pedagoga de 44 anos foi atacada e teve o celular destruído por um professor de jiu-jitsu, na academia Performance, localizada na Avenida Júlio de Castilho, no Jardim Imá, em Campo Grande. A Polícia Militar esteve na unidade, mas o professor já havia saído do local. A aluna procurou a delegacia de Polícia Civil para registrar a agressão.

A mulher terá o nome preservado pelo Campo Grande News, assim como o professor envolvido, pois o caso ainda será investigado. À reportagem, a pedagoga relatou que começou a treinar na unidade no dia 8 de janeiro e, na manhã desta quinta-feira (18), foi acompanhada do marido para a academia.

"Queria fazer abdominal e fui até uma área distante, onde estava só um professor com uma criança, aluna de jiu-jitsu. Então, peguei o tapete e levei para lá", descreve. Quando a mulher colocou o tapete no chão, o professor a advertiu. "Gritou dizendo que eu não poderia ficar ali, que não era lugar de aluno".

A pedagoga, então, respondeu que ele não precisava falar daquela maneira e não seria o melhor jeito de tratar uma pessoa. "Falei que ele estava muito agressivo e a criança estava presenciando. Depois, continuei fazendo abdominal", conta.

Foi então que o professor se irritou ainda mais, segundo a vítima. Ele pegou a faixa do kimono e bateu no tatame. "Quase me acertou e falou que era para eu sair dali. Nesse momento levantei e disse: 'isso aí já é agressão, eu vou ligar para a polícia'. Ele começou a ir para cima de mim apontando o dedo". Ainda, conforme o relato, o professor fez ameaças. "Disse que podia ligar para quem quisesse, que se não me pegasse na academia, iria pegar fora".

Assustada, ela disse que iria gravar as ameaças, pegou o celular e apontou para o professor. "Foi quando ele veio, pegou o celular e bateu no chão três vezes", descreve. A aluna ficou desesperada e começou a chorar, mas ninguém a ajudou. "Um monte de mulher vendo eu sofrer agressão, ninguém quis emprestar o celular para chamar a polícia, ninguém me ajudou, isso é o que mais me dói".

Alguns minutos depois, a recepcionista apareceu na área, advertiu o professor e ele deixou o local. A Polícia Militar foi acionada e orientou a vítima para que registrasse boletim de ocorrência, de ameaça e dano.

A academia não tem câmera de segurança e a reportagem procurou pelo dono, que não estava no local. Pelo WhatsApp, a academia informou que não admite esse tipo de conduta por parte dos profissionais e afirma que estão em contato e prestando apoio à aluna. Já a FSMJJ (Federação Sul Matogrossense de Jiu-Jitsu) afirmou que entrou em contato com o professor para saber a versão dele dos fatos, no entanto, ainda não recebeu retorno.

Ao Campo Grande News, o presidente da FSMJJ Fábio Rocha relatou que repudia qualquer tipo de agressão e "tal atitude não compactua com os ensinamentos do jiu-jitsu que ensina disciplina, respeito, autocontrole". Por fim, alegou que o conselho de ética da instituição fará a apuração da denúncia.

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* Matéria editada para acréscimo de resposta

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