Alunos de Engenharia Civil fazem estudo de 30 pontos críticos do trânsito
Um grupo de pelo menos 70 estudantes do 5º e 6º semestres de Engenharia Civil da universidade Unidertp-Anhanguera está realizando um trabalho, dentro da disciplina de Engenharia de Tráfego, de análise de 30 pontos considerados críticos para o trânsito de Campo Grande e onde ocorrem acidentes com frequência.
Entre esses locais estão as rotatórias da Avenida Ceará, próxima a universidade, a da Avenida Mato Grosso com a Via Park e o trevo próximo a fábrica da Coca Cola, na saída para São Paulo.
Segundo o professor e coordenador dos trabalhos, Aroldo Abussafi Figueiró, a intenção é apresentar os resultados colhidos até o final do ano para representantes da Agetran(Agência Municipal de Transporte). “Se serão acatadas as sugestões eu não sei, mas vamos fazer nossa parte”, diz.
Esta semana os alunos chamaram a atenção dos motoristas que passaram pela rotatória da Ceará. Divididos em grupos, eles ocuparam os canteiros centrais da avenida e realizaram a contagem de veículos e motos com o objetivo de analisar, por exemplo, se a sinalização do local condiz com o fluxo de carros que passa pela rotatória em um determinado momento do dia.
“Essas análises servem para observar que tipo de intervenção é viável para melhorar o trânsito no local. Se precisa de mais semáforos, placas ou até passarelas", explica o professor.
Sem muitos recursos, apenas com contadores manuais, os alunos, segundo o orientador, já estão sendo treinados para trabalhar com todo tipo de situação. “Ás vezes em uma prefeitura não há muitos equipamentos. Fazendo tudo manual os coloca em contato com a realidade”, ressalta Aroldo.
No caso da rotatória da Avenida Ceará, os alunos observaram as 12 possibilidades de tráfego oferecidos no local. “É interessante esse trabalho porque você verifica na prática os problemas do trânsito da cidade”, diz o aluno Ítalo Marques Pinto.
Na opinião do professor, o estudo dá a oportunidade aos alunos de observarem o trânsito com a visão de profissionais de engenharia de tráfego e não apenas como pedestres ou motoristas. “A melhora do trânsito só acontece com estudos sérios. Não dá para criar alternativas sem pesquisar com calma os verdadeiros problemas de um local”, afirma Aroldo Abussafi.