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Capital

Antes de colisão fatal, motorista de BMW teve CNH suspensa por 2 vezes

Colisão entre o veículo que o rapaz dirigia e a motocicleta da vítima ocorreu na tarde de sábado no Centro

Por Viviane Oliveira | 26/08/2024 15:18
Acidente foi entre carro e motocicleta em cruzamento sinalizado com semáforo (Foto: Direto das Ruas)
Acidente foi entre carro e motocicleta em cruzamento sinalizado com semáforo (Foto: Direto das Ruas)

O motorista da BMW X1, Lucca Assis Mandetta, de 26 anos, que se envolveu em acidente com morte ocorrido na tarde de domingo (25), no cruzamento das ruas 14 de Julho com a Marechal Rondon, no Centro, já teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa ao menos duas vezes.

No dia 8 de março de 2023, conforme consta no Diário Oficial do Estado, Lucca teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa por dois meses, pelo artigo 218 III do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) - transitar em velocidade superior à máxima permitida para a via, quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50%.  A infração é gravíssima.

Dois anos antes, no dia 17 de março de 2021, o rapaz teve o documento suspenso por 12 meses, pelo 261 II. Esse artigo diz que a suspensão do direito de dirigir pode ser imposta quando o condutor transgredir as normas estabelecidas no CTB, como por exemplo, atingir 20 pontos ou mais na carteira no período de 12 meses.

Lucca é filho de Hélio Mandetta Sobrinho, que foi secretário especial da Segov (Secretaria Estadual de Governo), durante a gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja, e primo de segundo grau de Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro.

Marca de giz no chão feita pela perícia no local do acidente (Foto: Osmar Veiga)
Marca de giz no chão feita pela perícia no local do acidente (Foto: Osmar Veiga)

Defesa - Mais cedo, os advogados de Lucca encaminharam nota para informar que estão à disposição das autoridades para prestarem esclarecimentos necessários sobre o acidente. O rapaz prestou socorro, permaneceu no local do acidente, foi ouvido na delegacia e foi liberado na sequência.

Conforme o texto assinado por três advogados, Wender Thiago dos Santos Braz, Vinícius Felipe de Oliveira Fernandes e Elias Corrêa Nunes Júnior, Lucca se recusou a fazer o teste do bafômetro por orientação da defesa, presente no local. “É importante destacar que no nosso país vige a premissa fundamental de que todos são inocentes, sendo desnecessária a sua prova”.

Caso - Letícia Machado Gonçalves, de 19 anos, seguia para o trabalho em uma Honda Biz pela Rua 14 de Julho, quando foi atingida na lateral pela BMW que trafegava pela Rua Marechal Rondon. A traseira da motocicleta ficou danificada e a frente do carro também ficou amassada.

Conforme boletim de ocorrência, o jovem não apresentava sinais visíveis de embriaguez ou lesões em decorrência do acidente. Ele disse à polícia que respeitou a sinalização semafórica e só percebeu a moto após a colisão. Ao ser convidado a fazer o teste do bafômetro, procedimento adotado quando ocorre acidente com morte, Lucca disse que faria, mas na sequência foi orientado pelo advogado para não fazer.

Velório - Letícia será velada a partir das 16h desta segunda-feira, na Rua 13 de Maio. O sepultamento está previsto para amanhã, às 9h, no cemitério Jardim da Paz, na BR-060 no Km 02, na saída para Sidrolândia.

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