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Capital

“Fatalidade”, diz defesa de motorista de BMW que matou no trânsito

Acidente aconteceu em cruzamento sinalizado com semáforo das ruas 14 de Julho com a Marechal Rondon

Por Viviane Oliveira | 26/08/2024 11:35
Acidente fatal foi entre a BMW e a motocicleta Honda Biz (Foto: Direto das Ruas)
Acidente fatal foi entre a BMW e a motocicleta Honda Biz (Foto: Direto das Ruas)

Em nota, os advogados de defesa de Lucca Assis Mandetta, de 26 anos, motorista da BMW X1 envolvida em acidente com morte, por volta das 17h de ontem, disse que foi uma fatalidade. A colisão entre o carro e a motocicleta que a vítima conduzia aconteceu no cruzamento sinalizado com semáforo das ruas 14 de Julho com a Marechal Rondon, no Centro de Campo Grande. Por enquanto não há informação sobre quem teria desrespeitado a sinalização.

Conforme o texto assinado por três advogados, Wender Thiago dos Santos Braz, Vinícius Felipe de Oliveira Fernandes e Elias Corrêa Nunes Júnior, Lucca se recusou a fazer o teste do bafômetro por orientação da defesa, presente no local. “É importante destacar que no nosso país vige a premissa fundamental de que todos são inocentes, sendo desnecessária a sua prova”.

A nota cita, ainda, trecho do boletim de ocorrência, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário, do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), “o condutor não apresentava sinal de embriaguez como odor etílico ou alteração psicomotora”, sendo portanto, desnecessária a realização do teste para “provar” o que já havia sido constatado.

A situação, segundo o texto, seria diversa se houvessem elementos mínimos que indicassem eventual embriaguez. “Por fim, destacamos que nosso cliente permaneceu no local do acidente, foi colaborativo, prestou o socorro necessário, bem como os esclarecimentos acerca do acidente perante a autoridade policial, aguardando agora a conclusão do inquérito para apurar as circunstâncias".

Lucca é filho de Hélio Mandetta Sobrinho, que foi secretário especial da Segov (Secretaria Estadual de Governo), durante a gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja, e primo de segundo grau de Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro.

Letícia não resistiu e morreu no local do acidente (Foto: reprodução / rede social) 
Letícia não resistiu e morreu no local do acidente (Foto: reprodução / rede social)

Caso - Letícia Machado Gonçalves, de 19 anos, seguia para o trabalho em uma Honda Biz pela Rua 14 de Julho, quando foi atingida na lateral pela BMW que trafegava pela Rua Marechal Rondon. A traseira da motocicleta ficou danificada e a frente do carro também ficou amassada.

Conforme boletim de ocorrência, o rapaz não apresentava sinais visíveis de embriaguez ou lesões em decorrência do acidente. Ele disse à polícia que respeitou a sinalização semafórica e só percebeu a moto após a colisão.

Ao ser convidado a fazer o teste do bafômetro, procedimento adotado quando ocorre acidente com morte, Lucca disse que faria, mas na sequência foi orientado pelo advogado para não fazer. Ele prestou esclarecimento na delegacia e foi liberado.

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