Ao depor, agente penitenciário diz que matou em show em legítima defesa
Caso aconteceu no dia 24 de setembro do ano passado, durante show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês
O agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso foi ouvido nesta segunda-feira (24) na 3ª audiência sobre a morte do pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, e afirmou, mais uma vez, que atirou por legítima defesa. O caso aconteceu no dia 24 de setembro do ano passado, durante show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande.
Em depoimento, o réu rebateu a acusação de homicídio doloso, sustentando que o disparo aconteceu por legítima defesa. Frisou também que a única agressão sofrida pela vítima foi o disparo, ou seja, não houve briga entre os dois. Ele afirma que a vítima foi quem o agrediu até o momento em que houve o tiro.
O agente penitenciário relatou que houve uma confusão na fila do banheiro, mas nada que pudesse imaginar uma possível agressão. Contou que, ao retornar ao camarote, foi agredido por Adílson e outras pessoas. Sustentou que apanhou muito ao longo de um minuto e em determinado momento recebeu um chute que ergueu sua camisa e expôs a arma funcional. Foi quando ele sacou a arma.
Joseilton afirma que em todo o momento manteve o cano da pistola ponto 40 apontado para o chão e que o disparo aconteceu num momento de “susto”, quando abaixou a cabeça para sacar sua funcional, pois havia se identificado como agente penitenciário e a vítima avançou em sua direção. Ao longo do interrogatório, o réu respondeu diversas perguntas do juiz, do Ministério Público e também dos assistentes de acusação, sempre afirmando que não tinha intenção de atirar.
Essa foi a última audiência do caso. O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida solicitou a produção pelos peritos policiais de uma projeção em 3D do momento do disparo, com relação à trajetória percorrida pelo projétil. Findada esta fase, o processo deve ser encaminhado para as alegações finais das partes.