Ao fazer compra, homem descobre dívida criada por telefônica no RJ
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O campo-grandense Davi de Oliveira, 41 anos, descobriu, na quinta-feira (8), que está impedido de fazer compras a prazo no comércio desde março em razão de um débito no valor de R$ 2,035 mil. O nome dele foi incluído no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) pela empresa de telefonia Nextel. O curioso é que Davi nunca adquiriu os serviços da empresa que não possui cobertura em Mato Grosso do Sul.
O autônomo explica que em março deste ano recebeu uma ligação da empresa referente à cobrança de seis faturas de conta de celular. Assustado com a situação, Davi pediu para que a empresa enviasse os documentos por e-mail para conferir os dados.
“Quando eu vi que tinha meu nome e CPF eu assustei. Nunca morei no Rio de Janeiro e muito menos em São João do Meriti de onde partiu a cobrança”, explica.
Mesmo revoltado com situação e diante nas negativas da empresa em resolver o problema, Davi desistiu de encontrar uma solução e resolveu “deixar pra lá”.
Para a surpresa de Davi, na quinta-feira (8), ele foi até uma loja de departamentos comprar um microondas e a compra, que seria parcelada em cinco vezes, não foi aprovada. “Eu escolhi o produto e quando estava no caixa, falaram que meu nome estava sujo. No mesmo momento começaram a me tratar mal apesar de eu dizer que não tinha débitos”, diz.
Impedido de fazer a compra, o autônomo foi até a Decon (Delegacia do Consumidor) e registrou um boletim de ocorrência por estelionato. Segundo informou a polícia à vítima, o caso será repassado para a delegacia de São João do Meriti.
Davi espera conseguir uma solução para o caso por meio do Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor). Uma audiência foi marcada para o dia 18 de setembro quando um representante da Nextel deverá vir a Campo Grande para representar a empresa.
O autônomo também pretende entrar na Justiça para ser indenizado. “Eu guardei todos os documentos e vou até a Justiça para que tirem meu nome do SPC e me indenizem por danos morais. Me sinto passado para trás e quero uma atitude da empresa”, completa.
O Campo Grande News tentou contato com a assessoria de imprensa da Nextel, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem