Após agredir médico e enfermeira, agente de saúde será transferido
Secretaria Municipal de Saúde também abrirá sindicância contra o servidor
Agente de saúde que agrediu médico e enfermeira, no final da manhã desta terça-feira (21), na USF (Unidade de Saúde da Família) Dr. Albino Coimbra Filho, bairro Santa Carmélia, em Campo Grande, será transferido de unidade e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) abrirá sindicância contra o servidor.
O agente Ítalo Passos Mossi teria se alterado ao ser denunciado por uma paciente. Ela disse à direção da unidade que o servidor não estava fazendo visitas na região há seis meses. Conforme a secretaria, demais sanções serão estabelecidas com a conclusão do processo administrativo. O boletim de ocorrência foi registrado na 7º Delegacia de Polícia Civil como lesão corporal e vias de fato.
A enfermeira envolvida, que não quis ser identificada, explicou, ainda na terça, a dinâmica da confusão. Ela e o médico Brenno da Rosa Siqueira estavam atendendo a paciente Dayane Vanessa Marcos da Guarda, de 32 anos - denunciante - quando Ítalo chegou.
“A porta estava fechada, ele bateu, falou que queria falar comigo, levantei para falar com ele. Ele começou a gritar com a paciente que é moradora da área que ele atende. Eu e o médico pedimos que ele saísse, então ele entrou e fechou a porta. Levantei pra abrir, ele não deixou, segurou meus dois braços e me jogou na mesa. O médico levantou e ele foi pra cima dele. Aí consegui abrir a porta e pedi ajuda para outros funcionários”, disse a enfermeira.
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O médico acrescentou que o agente invadiu a sala, trancou a porta e começou a se exaltar falando com a paciente. ”Pedi pra ele sair, então ele empurrou a enfermeira contra a mesa e me agrediu também. Ele tentou me dar socos, mas só arranhou a minha mão. Nunca passei por isso antes, complicado”.
Uma técnica de enfermagem ouviu os gritos e chamou a segurança. De acordo com ela, Ítalo é um homem difícil. “Como sei que ele é agressivo, nem entrei na sala, só saí pedindo ajuda. Contra ele já tem um boletim de ocorrência feito por outra enfermeira que trabalhava aqui. Ele não se dá bem com ninguém, todos têm receio dele.”
A reportagem entrou em contato com a Sesau para detalhar o caso. Em resposta, a pasta afirmou que o processo já foi aberto para verificar o ocorrido e que assim que constatadas, as circunstâncias, vai atuar com as devidas providências.
"A Sesau reitera que não compactua com qualquer tipo de conduta que viole os preceitos éticos e morais, assim como a violência dentro e fora das unidades. A princípio, já para amenizar possíveis conflitos futuros, o profissional será transferido para outra unidade de saúde".
Matéria atualizada às 12h34 para acréscimo de retorno da Sesau*
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