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Capital

Após assalto com morte que quebrou rotina de bairro, clínica fecha

Assaltante morreu em confronto com o Batalhão de Choque após fazer vítima de “escudo”; morador afirma que região é tranquila mas, horas antes, outro local teria sido assaltado

Humberto Marques e Mirian Machado | 03/03/2018 08:27
Após assalto no qual um dos assaltantes morreu, clínica do Aero Rancho decidiu fechar as portas neste sábado. (Foto: Saul Schramm)
Após assalto no qual um dos assaltantes morreu, clínica do Aero Rancho decidiu fechar as portas neste sábado. (Foto: Saul Schramm)

A clínica do bairro Aero Rancho, no sul de Campo Grande, na qual houve confronto entre assaltante e policiais do Batalhão de Choque que terminou com um bandido morto, decidiu suspender os atendimentos neste sábado (3). A medida foi tomada em virtude do crime na tarde de sexta-feira (2) que culminou na morte de João Guedes Neto, 18, e que impressionou vizinhos acostumados com uma rotina mais tranquila.

Funcionários da clínica, uma organização social sem fins lucrativos localizada na avenida Tancredo Neves, permanecem no local apenas para informar aos pacientes com consultas marcadas para esta manhã sobre a suspensão dos serviços. No local, são atendidas pessoas por meio de tabela social, com o oferecimento de consultas em diferentes especialidades e laboratório de análises clínicas.

Proprietário de uma bicicletaria vizinha ao local do crime, que funciona há seis anos, Djalma Peixoto Albuquerque se mostrou impressionado com o crime, que segundo ele é uma situação atípica na região. “Aqui, pelo menos nesse pedaço, é bastante tranquilo, talvez porque tem muitos policiais aposentados morando. Nesse todo dodo nunca vi um assalto como esse”, afirmou o empresário.

Apesar da impressão, a região foi alvo de outro assalto horas antes do crime na clínica, que teria ajudado na rápida ação do Batalhão de Choque. Os policiais estariam em rondas na região e, assim que a dupla invadiu o local e fez reféns, chegaram e promoveram reação.

Djalma disse que nunca havia presenciado um crime do gênero na região, que ele considera "tranquila"
Djalma disse que nunca havia presenciado um crime do gênero na região, que ele considera "tranquila"

Na ocorrência, conforme Djalma, uma paciente teria sido baleada de raspão na perna e, segundo ele, foi rapidamente socorrida.

Fatos – A tentativa de assalto à clínica ocorreu no fim da tarde de sexta-feira. Guedes Neto e o comparsa, Silvio Cesar Pereira de Souza, 40, chegaram ao locam em uma motocicleta verde de placa HSK-2735 e logo fizeram pacientes reféns.

Antes de serem abordados pela equipe do Choque, eles teriam agredido vítimas com coronhadas e chutes, enquanto exigiam dinheiro e outros pertences. Ao todo, eles tomaram R$ 750 das vítimas.

Enquanto Silvio se entregou logo após a chegada dos policiais, Guedes, que estava armado, ameaçou atirar contra os militares. Ele teria feito uma refém de “escudo” no momento em que foi baleado, foi encaminhado ao Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos.

O assaltante morto havia completado 18 anos há cinco meses, contudo, acumulava passagens pela polícia desde 2013. A motocicleta usada no crime foi entregue à Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), enquanto a ocorrência foi registrada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga.

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