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Capital

Após corte de gratificação, Guarda Municipal aprova indicativo de greve

Categoria reinvidca pagamento que representa cerca de R$ 500 no salário, além de auxílio alimentação e plano de cargos e carreiras

Silvia Frias | 14/01/2021 11:58
Assembleia dos guardas municipais esta manhã, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Assembleia dos guardas municipais esta manhã, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

A Guarda Municipal de Campo Grande aprovou indicativo de greve, em assembleia realizada esta manhã. A categoria se revoltou com o veto do Executivo ao pagamento da gratificação de periculosidade de R$ 7,478 milhões que estava previsto na LOA-2021 (Lei Orçamentária Anual).

A assembleia teve participação de cerca de 250 dos 1 mil guardas em atividade, no clube de campo do Sindicato dos Bancários.

A prefeitura de Campo Grande terá prazo de sete dias para responder às reivindicações da categoria, que pode paralisar as atividades caso não haja acordo. Entre as atribuições da guarda, a fiscalização do cumprimento do toque de recolher e apoio na fiscalização de trânsito, meio ambiente, patrulha Maria da Penha e a vigilância do patrimônio.

Corte de grafiticação por periculosidade foi uma das pautas da assembleia (Foto: Marcos Maluf)
Corte de grafiticação por periculosidade foi uma das pautas da assembleia (Foto: Marcos Maluf)

O veto foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande no dia 11 deste mês, uma das 71 emendas parlamentares cortadas pela prefeitura de Campo Grande. No total, foram R$ 55,4 milhões vetados pelo Executivo, entre gratificações e diversas obras, sob alegação de risco ao desequilíbrio financeiro.

O presidente do sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande, Hudson Pereira Bonfim, disse que esse é uma das três reivindicações que levaram ao indicativo de greve. “Somos expostos a vários riscos, agora, com covid, mais ainda”. Dos cerca de 1 mil guardas em atividade, aproximadamente 300 fazem trabalho de rua, em viaturas, enquanto os outros atuam em bases fixas.

Além da gratificação, que representa um aporte de R$ 450 a R$ 500 no salário, os guardas pedem a mudança da nomenclatura da bolsa alimentação para auxílio. Bonfim explica que essa alteração, estritamente administrativa, garante a permanência do benefício em caso de promoção, o que se perde se for mantido como bolsa.

Outra solicitação é que o Executivo coloque em prática o plano de cargos e carreiras da categoria, prevista na Lei Municipal nº 358, de 29 de agosto de 2019. Atualmente o salário bruto é de R$ 1,8 mil, que chega a média de R$ 2,1 mil, quando acrescido de R$ 294 da bolsa e benefícios. Com os descontos, a média é de R$ 1,5 mil.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal e Defesa Social, responsável pela Guarda Municipal no Executivo e aguarda retorno.

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