Após deixar população sem ônibus e escola, protesto tranca o Centro
Protesto de professores na manhã desta quarta-feira (15) fechou a Rua 7 de Setembro entre as ruas Rui Barbosa e 13 de Maio, e também uma quadra da Avenida Afonso Pena. Até às 8h30, são em torno de 2 mil pessoas em frente a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), que partiram em caminhada até a praça Ary Coelho.
De acordo como o presidente da ACP, Lucílio Souza Lopes, são esperados 5 mil professores e outros sindicalizados no protesto. "A nossa única reivindicação é a retirada da PEC 287 da pauta do governo. Nós consideramos a reforma como o fim da previdência", disse.
Com trio elétrico, carro de som e cartazes, os manifestantes gritam a todo momento "Fora Temer". A greve dos professores é por tempo indeterminado. O movimento acompanha paralisação geral anunciada por sindicatos, como protesto contra a reforma da Previdência, e que também afetou o sistema de transporte coletivo e deixou alunos sem aula hoje.
Ainda segundo o presidente do sindicato, todas as escolas estão paralisadas e aquelas que resolveram abrir hoje não têm alunos. "Não tinha ônibus pela manhã, então as aulas não aconteceram por falta de alunos. Essa paralisação não envolve só os professores, mas toda a classe", alega.
Professora Andressa Rezende, 34, está na manifestação e diz que se os professores não paralisassem hoje, não irão parar mais. "Essa não é uma luta só dos professores, mas de toda a sociedade. Desde a semana passada avisamos os pais dos alunos sobre a paralisação e não recebemos nenhuma reclamação", informa.
A pedagoga Andreia Carneiro, 46, diz que é muito importante protestar, porque a reforma da previdência vai envolver todas as classes do Brasil. "As pessoas precisam se unir, acabar com essa medida do governo que vai prejudicar todos os trabalhadores", ressalta.
Como uma quadra da rua 7 de Setembro está fechada, a Agetran e Guarda Municipal controlam o trânsito. O movimento de veículo é intenso no local.