Após denúncias de abusos, secretaria afasta professoras assistentes de creches
Depca investiga denúncias feitas contra servidoras das Emeis da Vila Nasser e Jardim Carioca
Depois de duas denúncias de abuso sexual contra crianças em Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) virem à tona nesta quarta-feira (1º), a Semed (Secretaria Municipal de Educação) afastou as professoras assistentes investigadas do trabalho. Os dois casos são investigados na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
A primeira denúncia feita hoje envolve uma servidora da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Fátima de Jesus Diniz Silveira, localizada na Vila Nasser, em Campo Grande. A vítima, uma criança de 3 anos, teria relatado o abuso para a mãe.
O crime teria ocorrido há aproximadamente três semanas, mas a mãe procurou a polícia só nesta quarta-feira (1º) e a menina foi ouvida no setor psicossocial da Depca.
A segunda denúncia foi feita no fim da manhã contra funcionária da Emei do Jardim Carioca. Conforme informado pelo delegado Marcelo Damasceno, que investiga o caso, a mãe estranhou que a filha estava com a parte íntima avermelhada e perguntou à criança o que havia acontecido. A menina teria dito que uma "prô" causou o "ferimento" e então, a mulher decidiu ir até à unidade. Na janela da sala de aula, ela pediu que a menina apontasse quem era a funcionária e então, chamou a PM (Polícia Militar). Na delegacia, porém, a menina se calou diante das profissionais responsáveis pela escuta especial.
As duas crianças foram encaminhadas para exame de corpo de delito – de sexologia forense – para comprovar se houve abuso sexual.
A Semed esclareceu, por meio de nota, que as funcionárias foram imediatamente afastadas até o esclarecimento dos fatos. “Em ambos os casos, a investigação cabe às autoridades competentes. A secretaria já atua nas unidades oferecendo atendimento psicológico aos servidores e alunos, e também às famílias, caso assim desejem. A Semed prioriza a garantia integral e proteção da criança e repudia qualquer tipo de violência”, completa a nota enviada pela secretaria à reportagem.