Após prisões por homicídio, polícia descobre outro caso de abuso contra criança
Menina de 11 anos, que pertence ao mesmo núcleo familiar de primeira vítima, também revelou ser estuprada
Além de trazer à tona o estupro de menino de 9 anos, a investigação de assassinato ocorrido há um ano “desenterrou” outro caso de abuso na mesma família. Nesta segunda-feira (26), após o garoto ser ouvido na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), uma menina de 11 anos, que pertence ao mesmo núcleo familiar da primeira vítima, também revelou, em depoimento especial, ser estuprada.
Segundo a delegada Marília de Brito, nas duas oitivas “foi possível ter elementos suficientes para registro de boletins de ocorrência e instauração de inquéritos”. As duas investigações correrão em paralelo uma vez que os suspeitos de praticarem os crimes não são os mesmos.
Também ontem, menino e menina, que revelaram ter sido alvos dos abusos sexuais repetidas vezes, foram levados ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exames de corpo de delito.
O grau de parentesco das crianças e como a Depca descobriu os casos de abusos são informações mantidas em sigilo para evitar que as vítimas sejam identificadas, como preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Fio da meada - O cabeleireiro Emerson Borcheidt, de 33 anos, encontrado morto na tarde dessa segunda-feira (26), e o namorado dele, Leandro Pereira Florenciano, de 35, alvo de prisão como suspeito do assassinato de rapaz de 25 anos, são os apontados pelo menino de 9 anos como os autores da violência sexual praticada contra ele.
Além de tocar o garoto, os dois mantinham relação sexual na frente dele. O caso veio à tona durante investigação da DEH (Delegacia Especializada de Homicídio) sobre o assassinato de Gleison da Silva Abreu, encontrado morto entre as pedras da Cachoeira do Inferninho, em Campo Grande, no dia 1º de maio de 2020. Leandro foi preso ontem por envolvimento no homicídio.
Também nessa segunda, antes de ser encontrado morto, Emerson mandou mensagem para a irmã dizendo que havia “feito algo muito grave, não tinha perdão e poderia ser encontrado na laje". A mulher foi para o local onde o irmão estava, pediu ajuda para o vizinho e quando os dois entraram no imóvel encontraram o cabeleireiro morto.
Tudo aconteceu no que a casa onde Emerson e Leandro, no Bairro Guanandi, era alvo de busca e apreensão em busca de provas do assassinato.
