Gleison perdeu a vida por 16 mil e promessa de ganho irreal, aponta investigação
Dois homens estão presos pelo crime, ocorrido há um ano, em Campo Grande
Gleison da Silva Abreu, de 25 anos, encontrado morto entre as pedras da Cachoeira do Inferninho, em maio do ano passado, perdeu a vída por R$ 16 mil e promessa de lucros irreais. É o que mostra a investigação responsável pela prisão de dois suspeitos pelo crime, Leandro Pereira Florenciano, 35 anos, e o cunhado dele, Agnaldo Freire Mariz, 48 anos, capturados ontem (26) temporariamente, em ação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio).
O companheiro de Leandro, o cabeleireiro Emerson Borcheidt, 33 anos, também investigado por participação, foi encontrado morto no mesmo dia numa quitinete no Bairro Zé Pereira. Havia mandando de busca e apreensão para um endereço dele no Bairro Guanandi, mas ele havia alugado esse outro lugar, onde foi encontrado morto.
Conhecidos - Leandro e a vítima do assassinato estudaram juntos na faculdade de Direito, que ambos haviam trancado. Conforme o delegado Carlos Delano, responsável pela investigação, a motivação para o crime apurado até agora foi um golpe que vinha sendo aplicado por Leandro com promessa de rendimento "estratosférico".
A pessoa investia um capital de R$ 10 mil, por exemplo, com promessa de para levar de R$250 mil a R$ 300 mil daqui dois anos", exemplificou a autoridade policial.
Gleison já havia feito planos de se mudar para o exterior, para a Itália, e investir na bolsa de valores com base no dinheiro que iria receber de um dos suspeitos.
O dinheiro investido pela vítima foi uma verba rescisória do último emprego, além de valores que chegou a pedir emprestado, até para agiotas. O montante já identificado é em torno de R$ 16 mil.
Segundo a investigação policial, o rapaz foi morto asfixiado e jogado no Inferninho na mesma semana que iria receber esse dinheiro dos golpistas. “Isso está bem evidenciado que essa trama toda foi arquitetada por um dos suspeitos e o momento de a vítima receber o dinheiro”.
As investigações continuam. Podem haver outros envolvidos, explicou o delegado.
A prisão temporária é de 30 dias. Nesse prazo, pode ser convertida em preventiva pela Justiça, se assim for solicitado pela autoridade policial.