Dois são presos por matar Gleison e jogar corpo no Inferninho
As investigações indicam que a vítima foi envolvida em um golpe relacionado a aplicação de dinheiro
Prestes a fazer um ano do assassinato de Gleison da Silva Abreu, de 25 anos, dois homens foram presos pelo crime, em ação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), realizada na manhã desta segunda-feira (26). Foram cumpridas ordens de prisão de Leandro Pereira Florenciano, 38 anos, e de Agnaldo Freire Mariz, 48 anos.
Segundo a reportagem apurou, os índicios são de que Gleison foi vítima de golpe envolvendo investimentos de dinheiro com promessas de ganhos acima do mercado, numa espécie pirâmide. Leandro, de acordo com os levantamentos, é o suspeito de ser o mentor de tudo e teve a ajuda de Agnaldo na execução do homicídio.
O corpo de Gleison foi achado no dia 1 de maio do ano passado, entre as pedras da Cachoeira do Inferninho. Até agora, o caso seguia como mistério.
Na semana passada, em reportagem do Campo Grande News, foi relatada a expectativa da família de que a mãe da vítima, Maria Manoelina, não passasse o Dia das Mães, em 8 de maio, sem pelo menos o sentimento de justiça de ver o assassino preso.
A delegacia já tinha ordem de prisão quando foi feito o texto, mas o delegado titular da DEH, Carlos Delano, não revelou, para não atrapalhar o andamento dos trabalhos. Disse apenas que esperava apresentar resultados em breve.
A autoridade policial confirmou as prisões, sem detalhar.
Busca e apreensão - Na ação desta manhã também foram executadas buscas em pelo menos quatro endereços, com autorização judicial, para produção de provas do homicídio. São lugares ligados parentes de Leandro e de Agnaldo.
As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas. Não se sabe se Gleison foi morto e depois jogado no Inferninho, por exemplo. A causa da morte foi asfixia.
Na fase de depoimento, Leandro foi ouvido como testemunha, e disse que sequer estava em Campo Grande quando o amigo foi morto. A apuração policial mostrou que ele mentiu.
A prisão é temporária, por 30 dias, para garantir as apurações. O material obtido, segundo investigação jornalística, já é farto, mas a Polícia Civil precisa de provas cabais para a conclusão da peça.
Ao fim dos 30 dias, pode ser solicitada a preventiva. Quando o inquérito for concluído, é relatado ao Judiciário, para que a promotoria faça a denúncia criminal e o juiz aprecie.