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Capital

Assaltantes ofereciam carros pelo WhatsApp para levar até o Paraguai

Alan Diógenes | 26/03/2015 16:50
Cada integrante tinha papel específico dentro da quadrilha. (Foto: Marcos Ermínio)
Cada integrante tinha papel específico dentro da quadrilha. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado Hoffman pediu prisão preventiva para os quatro acusados. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado Hoffman pediu prisão preventiva para os quatro acusados. (Foto: Marcos Ermínio)

A quadrilha que roubou vários veículos em Campo Grande e é apontada como responsável pelo assalto ao comerciante de 50 anos, que levou um tiro na cabeça ontem (26), combinava os crimes via aplicativo WhatsApp. Conversas por mensagens entre os acusados revelam que, antes de serem roubados, os carros eram oferecidos a receptadores no Paraguai.

Por enquanto, já foram atribuídos ao grupo os roubos de 1 caminhonete, 4 carros de passeio e 2 motos. A ação da quadrilha mostra, mais uma vez, a fragilidade da segurança na região de fronteira, que facilita esse tipo de crime.

Conforme o delegado Hoffman Dávila Cândido e Souza, responsável pelo caso, cada integrante tinha uma função específica dentro da quadrilha. “Eles têm uma espécie de união estável. Enquanto dois realizavam os roubos e deixavam os veículos escondidos em matas, os outros dois pegavam esses veículos para comercializar no país vizinho. A intenção era dificultar o trabalho da polícia durante a investigação e uma forma de ensaiar o que diriam, quando presos, em suas defesas”, explicou.

Analisando as mensagens do aplicativo, a polícia descobriu que Jander Martins da Silva, 25 anos, Alex da Silva Rocha, 19, Jonathan Dantas da Rocha, 18, e Jhonatan Rodrigues dos Santos, 18, roubaram uma S-10, um GM Astra, um Gol e um Fiat, além das duas motos Honda CG 150 e o Celta roubado de uma professora de 38 anos, no Jardim Centro-Oeste, por volta das 21h de ontem. Pelo WhatsApp eles já planejavam roubar mais uma caminhonete e levá-la para Ponta Porã, a 323 quilômetros da Capital.

Segundo o delegado Hoffman, Alex escolhia os veículos, fazia fotografias e enviava as imagens para os compradores paraguaios para ter a aprovação dos mesmos. As caminhonetes seriam comercializadas por R$ 20 mil, cada, e os veículos de passeio por R$ 3 mil, cada.

O primeiro a ser preso foi Jander. No momento da prisão chegou na residência o Alex com uma motocicleta roubada. Os dois foram detidos e acabaram confessando a participação dos demais envolvidos.

Mais um integrante do grupo já foi identificado, mas está foragido. O delegado representou pela prisão preventiva dos cinco acusados. Os quatro acusados estão detidos na 5ª Delegacia de Polícia Civil e posteriormente serão encaminhados para a Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).

Um Celta e duas motos foram encontrados com a quadrilha e serão devolvidos às vítimas. (Foto: Marcos Ermínio)
Um Celta e duas motos foram encontrados com a quadrilha e serão devolvidos às vítimas. (Foto: Marcos Ermínio)
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