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Capital

Assassino de dono de conveniência responderá na Justiça por 4 crimes

O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Crime aceitou a denúncia feita pelo MPMS no dia 9 de janeiro deste ano

Geisy Garnes | 30/01/2019 10:25
Comerciante foi assassinado durante tentativa de assalto no fim do mês passado (Foto: Reprodução)
Comerciante foi assassinado durante tentativa de assalto no fim do mês passado (Foto: Reprodução)

A justiça aceitou denúncia feita pelo MPMS (Ministro Público de Mato Grosso do Sul) contra Douglas Aparecido Cardoso – o “Irmão Baleado do PCC” de 30 anos – preso pela morte do comunicante Fernando Alle dos Santos durante o assalto em maio do ano passado na Vila Morumbi. Além de latrocínio, roubo seguido de morte, o réu responde a outros três crimes.

No documento enviado ao juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri no dia 8 de janeiro, Douglas é denunciado pelo roubo que resultou na morte do comerciante, no assalto a uma farmácia - na Avenida Guaicurus no Bairro Universitário - por corrupção de menor e ainda uso de documento falso.

Na denúncia, o promotor Rodrigo Yshida Brandão detalha que no dia 25 de maio do ano passado o suspeito, junto com um adolescente, invadiu a conveniência da vítima, rendeu clientes e funcionários, e anunciou o assalto.

O primeiro a ser rendido foi um cliente, que perdeu a carteira com R$ 530, cartões e também o celular. Em seguida, o comerciante foi abordado e “revistado”. Fernando reagiu, afastou a mão do ladrão e foi obrigado a ajoelhar. Mais uma vez ele se negou obedecer ao suspeito, que disparou e o matou com três tiros.

A denúncia lembra ainda que durante as investigações a polícia descobriu que uma semana antes Douglas e o adolescente assaltaram uma farmácia da Avenida Guaicurus. Toda a ação foi filmada e nas gravações é possível ver que eles usavam as mesmas roupas do dia em que mataram o comerciante.

Em depoimento, o adolescente confessou participação nos dois crimes. Detalhou que após o roubo a farmácia, manteve contato com Douglas pelo Facebook e que foi pela internet que combinaram o crime na conveniência.

Dias depois do latrocínio Douglas revolveu fugir e mais uma vez procurou o adolescente, obrigando ele a conseguir uma nova identidade. O jovem pegou o documento de um tio paterno e entregou ao comparsa, que saiu da cidade de ônibus com destino ao interior de São Paulo.

Diante de todos os crimes, o promotor pediu a denúncia de Douglas por roubo, latrocínio, corrupção de menor e uso de documento falso. A resposta do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara, veio no dia seguinte, aceitando a denúncia contra o réu por todos os crimes.

Agora o réu passa pelas audiências em que testemunhas de defesa e acusação serão ouvidas. Após todos os depoimentos, o juiz decide se Douglas vai para júri popular ou não.

Jenenffer foi encontrada em um terreno baldio no Nova Campo Grande (Foto: Saul Schramm)
Jenenffer foi encontrada em um terreno baldio no Nova Campo Grande (Foto: Saul Schramm)

Homicídio – Douglas é ainda apontado pela polícia como um dos autores da morte de Jenenffer de Almeida - esfaqueada e espancada em março do ano passado no bairro Nova Campo Grande.

Douglas e Denis Henrique do Nascimento mataram a mulher na madrugada do dia 26 de março. Jenenffer foi encontrada ainda com vida, foi socorrida e morreu dentro da ambulância a caminho do hospital.

“Foi um crime muito violento, ela teve a mandíbula quebrada, foi ferida com um objeto contuso perfurante. Tinha vários ferimentos na cabeça, lesões na mão, que mostraram sinais de defesa, estava toda suja de sangue, barro e grama”, lembrou a delegada responsável pelo caso, Christiane Grossi de Araujo Rocha.

Douglas Aparecido Cardoso foi preso em novembro pela Derf (Foto: Bruna Pasche)
Douglas Aparecido Cardoso foi preso em novembro pela Derf (Foto: Bruna Pasche)
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