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Capital

Assassino de dono de conveniência também matou mulher espancada

No assassinato de Jenenffer de Almeida, o suspeito teve ajuda de Denis Henrique do Nascimento. Os dois seriam integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital)

Geisy Garnes | 26/11/2018 12:16
Douglas Aparecido Cardoso em delegacia (Foto: Bruna Pasche)
Douglas Aparecido Cardoso em delegacia (Foto: Bruna Pasche)

A 7ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande identificou Douglas Aparecido Cardoso, o ‘Irmão Baleado do PCC” de 30 anos, como um dos autores da morte de Jenenffer de Almeida - esfaqueada e espancada em março deste ano no bairro Nova Campo Grande. O suspeito também está preso pelo latrocínio - roubo seguido de morte - de Fernando Alle dos Santos, dono de uma conveniência na Vila Morumbi.

Segundo a delegada Christiane Grossi de Araujo Rocha, Douglas e Denis Henrique do Nascimento mataram a mulher na madrugada do dia 26 de março. Jenenffer foi encontrada ainda com vida, foi socorrida e morreu dentro da ambulância a caminho do hospital.

No mesmo dia, investigadores da delegacia encontraram marcas de sangue em frente a uma casa a poucos metros do local em que o jovem foi encontrada. Os policiais descobriram então que Douglas e Denis haviam se mudado recentemente para o local e ainda encontraram dentro de uma máquina de lavar calças, tênis e casacos sujos de sangue.

Na tentativa de esconder as provas, os suspeitos deixaram as roupas com água sanitária e sabão em pó e fugiram em seguida. Tudo passou por exame, que comprovou que o sangue ali era de Jenenffer. Com as informações, as delegada pediu a prisão preventiva dos dois suspeitos e com o mandado em mãos começou a procurar pelos suspeitos.

Meses depois, Douglas também passou a ser investigado pela Derf (Delegacia Especializada de Roubo e Furto) pelo assassinato do comerciante Fernando Alle dos Santos. O crime ocorreu no dia 25 de maio deste ano, durante assalto a conveniência, na Vila Morumbi, em Campo Grande.

Ele acabou preso em Junqueirópolis, município de São Paulo, após uma ação conjunta entre as equipes policiais de lá e da Derf. Na delegacia jogou a culpa do homicídio para Denis. Já sobre o latrocínio, confessou e em coletiva de empresa ainda pediu perdão para a família do comerciante.

Denis também foi preso meses depois e em depoimento também negou qualquer envolvimento e afirmou que Douglas matou a mulher sozinho. No entanto, para a delegada, as provas de que ambos assassinaram Jenenffer juntos. “Foi um crime muito violento, ela teve a mandíbula quebrada, foi ferida com um objeto contuso perfurante. Tinha vários ferimentos na cabeça, lesões na mão, que mostraram sinais de defesa, estava toda suja de sangue, barro e grama”, lembrou a delegada.

A motivação para o homicídio, no entanto, não foi esclarecida, já que os dois suspeitos negam o crime. Ainda segundo a delegada, os dois suspeito já haviam tentado abrir uma boca de fumo em Naviraí, mas não se sabe que em Campo Grande também traficavam. “A Jenenffer era usuária, mas os relatos são de que ela era uma pessoa tranquila”. Os suspeitos cumprem pena em Campo Grande.

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